Os efeitos do medo do coronavírus na dinâmica associativa das Comunidades Portuguesas
O tema é incontornável.
Os efeitos do medo do coronavírus espalham-se a uma velocidade estonteante por
todo o mundo, e por estes dias assumem na Europa, novo epicentro da pandemia, consequências
devastadoras. Em particular na Itália, onde o total de infetados no
momento ultrapassa os 20 mil casos, e as mortes perfazem quase dois milhares de
vítimas.
O apelo no Velho
Continente é para ficar em casa. Portugal não é exceção, antes pelo contrário.
Por estes dias, somam-se novos casos da covi-19 no país, registando-se nesta
altura cerca de 250 casos confirmados, felizmente ainda sem vítimas, mas a
apontar-se o aumento de número de casos até ao final de abril, que se esperam
mitigados através do encerramento de escolas e a limitação das fronteiras
aéreas, marítimas e terrestres.
Os sinais dos
novos tempos são assim, um pouco por todo o mundo, não obstante o impacto tremendo
da pandemia na atividade económica, a quarentena e o isolamento social, pois a
vida humana não tem preço e prevenir ainda é o melhor remédio. Disseminadas pelos quatro cantos
do mundo, as Comunidades Portuguesas, a mais autêntica e consistente manifestação
portuguesa além-fonteiras, não estão imunes a estes efeitos que alteram transversalmente
o nosso quotidiano e rotinas.
De facto, são já
conhecidos vários casos no movimento associativo das comunidades lusas, em que
estão a ser cancelados ou adiados eventos e iniciativas que integram os planos anuais de atividades de
muitas associações, quer devido aos efeitos do medo do coronavírus,
assim como pelas medidas de contenção e mitigação da pandemia. Esta conjuntura que
desorganiza desde logo o normal funcionamento das associações, e entrava a
execução integral do seu plano anual de atividades, pode colocar inclusive em
causa a sua subsistência, dado que os eventos e iniciativas que estão a ser
cancelados ou adiados, são em vários casos essenciais para obter receitas que
permitam financiar o seu normal funcionamento.
Nesse sentido,
perante esta nova realidade socioecónomica que afeta a dinâmica associativa das
Comunidades Portuguesas urge uma visão de apoio e solidariedade dos responsáveis
políticos das pátrias de origem e de acolhimento dos emigrantes lusos, os mais genuínos
embaixadores da Pátria de Camões.
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