João Loureiro, uma figura emblemática da comunidade portuguesa de Newark
No decurso
passado mês de abril, fomos surpreendidos com a triste notícia do falecimento
do conhecido empresário do ramo da restauração, João Loureiro. Uma figura
emblemática da numerosa comunidade portuguesa de Newark, que por estes dias
enfrenta com resiliência a pandemia de Covid-19 que afeta severamente os
Estados Unidos da América, e que foi a causa da morte precoce do fundador e
sócio do restaurante Ibéria.
Natural de Vila
Nova da Cerveira, vila minhota situada no distrito de Viana do Castelo, o
percurso de vida de João Loureiro confunde-se com o sucesso do conhecido
restaurante Ibéria que liderou durante décadas com o seu sócio Jorge Fernandes.
Espaço gastronómico, que se tornou ao longo dos anos, um local de referência da
comunidade luso-americana no estado de New Jersey, e no qual organizou inúmeros
eventos tendentes a angariar donativos para apoiar instituições
de solidariedade social da sua terra natal.
Instituições
como os Bombeiros
Voluntários e a Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira,
cujas missões basilares visam a melhoria do bem-estar das pessoas
no seu todo, prioritariamente dos mais desprotegidos, e que ao longo do percurso
do emigrante benemérito nunca deixaram de contar com a sua denodada afeção
bairrista e valioso apoio benemérito.
Numa época em que são já
conhecidos vários casos de infeção e de mortes entre emigrantes lusos,
particularmente na América do Norte, ainda recentemente a imprensa de língua portuguesa
do Quebeque, província situada na parte oriental do Canadá onde vivem milhares de emigrantes
e lusodescendentes, noticiou a morte por Covid-19 de seis compatriotas, cujas
raízes remontam ao Arquipélago dos Açores, evocar a memória de João Loureiro é
também uma forma de avivar o espírito de solidariedade que mais do nunca deve
nortear as Comunidades Portuguesas. A imperecível dimensão altruísta,
bairrista e benemérita de João Loureiro, é acima de tudo um exemplo
inspirador que não pode deixar de ser recordado e enaltecido, porque como
afirmava o filósofo Friedrich Schiller “Não temos nas nossas mãos as soluções
para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo
temos as nossas mãos”.
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