Morgado de Fafe
O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.
domingo, 12 de outubro de 2025
Historiador da diáspora Daniel Bastos reuniu com a Cônsul-Geral de Portugal em Paris
No passado dia 10 de outubro (sexta-feira), o historiador da diáspora Daniel Bastos, a convite da Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Mónica Lisboa, reuniu na capital francesa com a diplomata de um dos maiores consulados de Portugal no estrangeiro.
No decurso da reunião, foi abordado o percurso do professor, historiador e escritor, colaborador regular da imprensa de língua portuguesa no mundo, que ao longo dos últimos tem concebido vários trabalhos no campo da história da emigração portuguesa.
Assim como, a dinâmica da comunidade portuguesa em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa e uma das principais comunidades estrangeiras estabelecidas no território gaulês, rondando um milhão de pessoas. Nomeadamente, o empreendedorismo, o movimento associativo e a solidariedade, como é o caso da Fundação Nova Era Jean Pina, da qual o historiador é embaixador junto da diáspora, e cujo presidente, o empresário português radicado na região parisiense, João Pina, marcou presença na reunião de trabalho.
Refira-se ainda, que no dia 15 de novembro (sábado), o historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, apresenta às 17h30 na Casa de Portugal André de Gouveia, na Cidade Internacional Universitária de Paris, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”. A sessão de apresentação da obra em Paris, aberta á comunidade luso-francesa, constituirá um reconhecimento ao contributo fundamental dos emigrantes portugueses no desenvolvimento da França e de Portugal.
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Daniel Bastos homenageia emigração portuguesa em Nova Iorque
No dia 25 outubro (sábado), o historiador da diáspora Daniel Bastos apresenta em Nova Iorque, um dos estados mais populosos e importantes da América, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”.
A obra, concebida em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante, existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, é apresentada às 17h30, na Portuguese Heritage Society, em Mineola. Uma vila nova-iorquina, presidida pelo luso-americano Paulo Pereira, onde cerca de 15% dos seus habitantes são emigrantes portugueses e lusodescendentes, e que nesse dia será palco da reunião do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas para a América do Norte.
Ainda na Região Metropolitana de Nova Iorque, mas já na cidade de Newark, no estado de Nova Jérsia, onde se concentra uma das mais conhecidas e numerosas comunidades luso-americanas. O investigador da emigração, apresenta no dia 29 de outubro (quarta-feira), às 18h00, no centenário Sport Club Português de Newark, o livro bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, e que conta com prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, Professor Emérito da Universidade Brown.
Refira-se que a deslocação do autor e as apresentações da obra, abertas ao público, são apoiadas pelo empresário português em Nova Iorque, Manuel Carvalho, e contam ainda com o apoio da Fundação Família Carvalho, da Village of Mineola, do Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque, da NYPALC (New York Portuguese-American Leadership Conference), da Portuguese Heritage Society e da ProVerbo - Secção Cultural do Sport Club Português em Newark.
Realizado com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, o livro constitui um convite a uma viagem pela memória da emigração portuguesa. Um itinerário, que ao percorrer todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, evidencia as motivações subjacentes à partida e aos destinos, a celebração de figuras gradas das comunidades, a evocação contínua de uma espécie de sinónimo de Portugal, a saudade. Assim como, objetos simbólicos e aspetos inerentes à memória coletiva da emigração, como é o caso da emigração para os Estados Unidos, onde atualmente residem mais de um milhão de luso-americanos, que se destacam pela sua integração, empreendedorismo e papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.
Assumindo-se como uma história concisa e ilustrada da diáspora, a obra presta tributo aos milhões de emigrantes e lusodescendentes espalhados pelo mundo, neste caso aos luso-americanos da Região Metropolitana de Nova Iorque, que têm dado um contributo fundamental no desenvolvimento das suas terras de origem e de acolhimento.
No prefácio do livro, o filósofo emigrante na América, Onésimo Teotónio Almeida, assegura “Se uma imagem vale mil palavras, temos aqui duas centenas e meia de milhar de belas palavras saltando-nos à vista com gritante eloquência”. Na mesma linha, Maria Beatriz Rocha-Trindade, autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, sustenta no posfácio que “Este livro, constitui uma valiosa contribuição para o conhecimento da História de Portugal”.
Com vários livros publicados no campo da história da emigração portuguesa, cujas sessões de apresentação o têm colocado em contacto estreito com as comunidades lusas, o percurso do professor, historiador e escritor Daniel Bastos, colaborador regular da imprensa de língua portuguesa no mundo, tem sido alicerçado no seio da diáspora.
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
S&F Concrete Contractors: 60 anos a engrandecer os Estados Unidos
No decurso do passado mês de setembro, a S&F Concrete Contractors, uma das maiores empresas de construção da América do Norte, alicerçada no percurso inspirador e de sucesso do comendador António Frias, um dos mais proeminentes empresários portugueses nos Estados Unidos, assinalou o seu 60.ºaniversário.
Entre muitos amigos, colaboradores e forças vivas da comunidade luso-americana, a festa realizada no centenário Clube Português de Hudson, no estado de Massachusetts, na região da Nova Inglaterra, constitui um marco que simboliza o percurso, as conquistas e os desafios superados ao longo dos anos, daquela que é hoje a maior empresa de construção civil da Nova Inglaterra, com um volume de negócios superior a 200 milhões de dólares anuais.
Mais do que uma empresa, a S&F Concrete Contractors é um projeto de vida, umbilicalmente ligado à trajetória migratória de António Frias e da família, para a América. Natural da Calheta, lugar da freguesia de Santo Espírito, concelho da Vila do Porto, na ilha açoriana de Santa Maria, António Frias emigrou em 1955, aos 16 anos de idade, com a família para Hudson.
A chegada à vila situada no condado de Middlesex, numa fase de incremento da emigração açoriana para os Estados Unidos, na demanda de melhores condições para escapar a um quotidiano arquipelágico marcado pelo espectro da pobreza e da miséria, marcou o início de um percurso de vida de um verdadeiro “self-made man”.
O trabalho, o esforço e a resiliência, valores coligidos no seio familiar, transformaram o jovem mariense que começou a trabalhar numa fábrica de calçado e numa padaria, num dos mais importantes empresários luso-americanos no ramo da construção civil. O percurso de sucesso foi alavancado dez anos depois da chegada ao território norte-americano, período em que se juntou ao irmão José Frias e ao amigo Jack Santo, e inaugurou com apenas três funcionários a S&F Concrete Contractors, que começou por construir passeios, sobrados de casas e valetas de cimento. Mais tarde, António Frias comprou a parte do amigo, tornando-se sócio maioritário da empresa, e um afamado magnata da construção nos Estados Unidos.
Com 60 anos de experiência acumulada, e uma equipa de mais de 700 funcionários, o império empresarial da S&F Concrete Contractors tem um conjunto de obras emblemáticas disseminadas pelo vasto território norte-americano. Entre elas, contam-se, por exemplo, a construção do Gillette Stadium, o estádio da equipa de futebol americano New England Patriots (NFL); o pavilhão dos Boston Celtics, uma das equipas mais populares da National Basketball Association (NBA); a Millennium Tower em Boston; o MIT Simmons Residence Hall, em Cambridge; e o Encore Boston Harbor, um resort de luxo que inclui um casino com mesas de poker e máquinas de jogos.
Empresário multifacetado, com uma trajetória marcada pelo mérito e pela inovação, António Frias recebeu em 1989 do antigo Presidente da República, Mário Soares, a Ordem de Mérito Industrial de Portugal. E em 2011, o Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, iniciativa promovida pela COTEC Portugal, das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva.
No rol das condecorações de António Frias, avultam várias distinções atribuídas pela comunidade luso-americana, e autoridades estaduais e federais norte-americanas. Como seja um doutoramento honorífico da Massachusetts Maritime Academy; o Portuguese American Leadership Council of the United States (PALCUS); ou o Leadership Appreciation Award, atribuído pelo antigo governador de Massachusetts, Charlie Baker.
Concomitantemente, são públicas as amizades que o emigrante português de sucesso, ao longo dos anos, tem cultivado junto de figuras influentes do cenário político norte-americano, mormente, dos antigos presidentes dos Estados Unidos, Jimmy Carter, George Bush pai e filho, e Donald Trump. O sucesso que alcançou ao longo de mais de meio século a engrandecer os EUA, tem sido constantemente acompanhado de generosos apoios a iniciativas e projetos da comunidade luso-americana, assim como de um profundo sentido altruísta em prol dos trabalhadores da S&F Concrete Contractors, vários deles naturais da ilha açoriana de Santa Maria.
Numa fase da vida em que tem procurado passar mais tempo com a família e dedicar-se a apoiar os filhos e netos na gestão dos negócios familiares, o espírito empreendedor do emigrante açoriano mantém-se ainda interligado ao universo empresarial que construiu ao longo de 60 anos na principal potência mundial. Uma das figuras mais destacadas da numerosa comunidade luso-americana, o exemplo de vida do empresário e filantropo António Frias, alicerçado num extraordinário império empresarial na área da construção, revive a máxima de Fernando Pessoa, um dos maiores poetas de todos os tempos: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
Orlando Pompeu inaugura exposição antológica em Braga
No dia 18 de outubro (sábado), o mestre-pintor Orlando Pompeu, um dos mais consagrados artistas plásticos portugueses da atualidade, inaugura em Braga, Capital Portuguesa da Cultura 2025, uma exposição antológica assente em trabalhos de pintura e escultura, que se fundem num diálogo visual fascinante, onde cada obra é uma janela para a alma do seu criador.
A inauguração da exposição, intitulada “Visões Pompeuanas”, ocorre às 16h00, e assinala o regresso do artista plástico ao Palácio do Raio. Um dos edifícios mais emblemáticos do património barroco do país e um dos ex-líbris da capital do Minho, que através da ação da Santa Casa da Misericórdia de Braga, tem acolhido o que há de melhor em termos artísticos para apresentar nos seus equipamentos culturais.
Nesta nova exposição, patente ao público até 17 de novembro, Orlando Pompeu exibe uma mostra artística distinta, repleta de criatividade e contemporaneidade, cujas diferentes técnicas, múltiplas temáticas e perceções únicas, convergem num espaço de eleição, proporcionando ao público uma experiência sensorial rica e diversificada. Mais do que uma exposição, “Visões Pompeuanas” é um convite à (re)descoberta, um percurso de emoção e inspiração que moldam o universo do detentor de uma obra que está representada em variadas coleções particulares e oficiais em Portugal, Espanha, França, Suíça, Inglaterra, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Dubai e Japão
Com uma carreira de quase quarenta anos, bem como um currículo nacional e internacional ímpar, Orlando Pompeu nasceu no concelho minhoto de Fafe. Estudou desenho, pintura e escultura em Barcelona, Porto e Paris, e nos anos 90 progrediu no seu percurso artístico ao ir trabalhar para os Estados Unidos da América, onde expôs na Galeria Eight Four, em Nova Iorque, e depois, Japão, tendo exposto na TIAS – Tokio International Art Show e na Galeria Garou Monogatari em Tóquio. Em 2022 foi distinguido em Paris com a Medalha de Bronze da Academia Francesa das Artes, Ciências e Letras.
sábado, 27 de setembro de 2025
Vigo acolheu apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante”
Na passada sexta-feira (26 de setembro), a cidade de Vigo, na Galiza, comunidade autónoma de Espanha, acolheu a apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”.
A obra, concebida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, foi apresentada no Camões - Centro Cultural Português em Vigo.
A sessão de apresentação do livro, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, e posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade, esteve a cargo de Orlando Pompeu, um dos mais consagrados artistas plásticos portugueses da atualidade. No decurso da sessão, o mestre-pintor salientou a “admiração e respeito pelos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo”, e a acuidade da obra como “um testemunho de homenagem à história da emigração”.
Refira-se que o livro, realizado com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, assume-se como um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal. Uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa.
Neste sentido, a apresentação desta história concisa e ilustrada da emigração, constituiu um reconhecimento da importância das migrações entre a Galiza e Portugal, um fenómeno marcante do passado e do presente de dois territórios que estão ligados por laços históricos, culturais, geopolíticos e económicos.
A sessão de apresentação no Camões - Centro Cultural Português em Vigo, organismo que tem como objetivo central levar a cultura lusa a toda a Galiza, incluiu uma prova de vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte, um dos maiores produtores nacionais de vinho verde que procura aliar a tradição de fazer vinho com a inovação no sector.
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Museu da Emigração Açoriana foi palco da apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante”
Na passada terça-feira (23 de setembro), a ilha de São Miguel, a maior ilha do arquipélago dos Açores, recebeu a apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”.
A obra, concebida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, foi apresentada no Museu da Emigração Açoriana, situado na Ribeira Grande, no âmbito dos 20 anos deste espaço museológico dedicado à memória da diáspora açoriana.
A sessão de apresentação, que contou com a presença de antigos e atuais emigrantes, assim como, forças vivas locais e regionais, entre as quais, o vereador da Cultura da Câmara Municipal da Ribeira Grande, José António Garcia, o antigo presidente da Associação dos Emigrantes Açorianos, Rui Faria, e a atual responsável pela agremiação, Andrea Moniz-DeSouza, esteve a cargo do filósofo e escritor açoriano Onésimo Teotónio Almeida, que assina o prefácio do livro.
No decurso da sessão, o Professor Emérito da Universidade de Brown, que tem dedicado uma grande parte da sua vida a escrever sobre a portugalidade, saudou "vivamente os autores do livro-álbum", pelo "seu engajamento na chamada de atenção para o papel que a emigração – uma espécie de enteada entre os fatores influentes no processo evolutivo do nosso país neste último século – tem desempenhado". Na ótica do mesmo, "Daniel Bastos é, em Portugal, quem mais sistemática e regularmente na comunicação social impressa, se dedica aos temas da presença portuguesa no mundo".
Refira-se que a obra bilingue (português e inglês), realizada com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, assume-se como um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal.
Uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa. Como é o caso do Arquipélago dos Açores, onde existe uma dezena de monumentos, destacando-se entre outros, a peça de arte pública “Saudades da Terra”, erigida em 2020 na Praça do Emigrante, na cidade da Ribeira Grande, em homenagem aos emigrantes açorianos.
Neste sentido, a apresentação desta história concisa e ilustrada da emigração, um fenómeno marcante na Ribeira Grande, concelho de forte emigração que acolhe também a sede da Associação dos Emigrantes Açorianos, constituiu-se no âmbito do 20.º aniversário do Museu da Emigração Açoriana, como um tributo à diáspora natural do arquipélago, calculada em cerca de 1,5 milhões de emigrantes e seus descendentes, extensões da “açorianidade” no mundo.
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS - ©Câmara Municipal Ribeira Grande
Fundação Família Carvalho: uma centelha de solidariedade luso-americana
Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é seguramente a sua dimensão solidária, uma genuína marca genética da diáspora lusa, constantemente expressa em gestos, campanhas e iniciativas fautoras de valores humanistas.
Dentro da centelha filantropa que brilha incessantemente no seio da dispersa geografia das comunidades portuguesas, destaca-se ao longo das últimas décadas, a criação e dinamização de fundações assentes nos princípios da filantropia, instituídas por iniciativa de emigrantes de sucesso com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de justiça, e de solidariedade nas pátrias de acolhimento e de origem.
Uma das latitudes paradigmáticas da diáspora onde avultam os exemplos de fundações, instituídas por emigrantes portugueses, que desempenham um papel fundamental no cenário filantrópico, é indubitavelmente os Estados Unidos da América (EUA).
A cultura altruísta, profundamente enraizada na nação mais influente do mundo, onde o impacto social do investimento benemérito feito por empresas e entidades é reconhecido na sociedade, tem ao longo das últimas décadas inspirado vários emigrantes luso-americanos a instituir fundações sem fins lucrativos, dedicadas à beneficência, à cultura, ao ensino e a outros fins de interesse público.
No seio da numerosa comunidade lusa nos EUA, segundo dados dos últimos censos americanos residem no território mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, tem-se destacado nos últimos o papel incontornável da Fundação Família Carvalho, em Mineola, uma vila nova-iorquina que alberga uma população de 20 mil habitantes, entre eles, cerca de 20% portugueses e lusodescendentes.
Instituída em 2017, pelo emigrante anadiense Manuel Carvalho, conhecido empresário na área da restauração em Mineola, em conjunto com a sua esposa Jackie Carvalho, a instituição filantrópica tem dinamizado um conjunto significativo de atividades e apoios nas áreas sociais, culturais e educativas. Desde logo, o espírito bairrista e benemérito do empresário luso-americano tem possibilitado, através da Fundação Família Carvalho, apetrechar ao longo dos anos, os Bombeiros Voluntários de Anadia.
Têm sido inúmeros os eventos, que o empresário luso-americano tem organizado no seu icónico restaurante Bairrada, considerado durante vários anos consecutivos o melhor restaurante luso na ilha situada no sudeste do estado de Nova Iorque, em prol dos Bombeiros Voluntários de Anadia. No ano passado, numa dessas várias iniciativas solidárias, o sócio benemérito da corporação, angariou cerca de 22.500 euros que foram canalizados para a prossecução da missão humanitária da corporação no torrão natal.
Ainda no verão passado, a Fundação Família Carvalho, deu um importante contributo na promoção e preservação da língua, costumes e tradições portuguesas em Long Island, entregando dois donativos no montante total de 16 mil dólares, à Escola Portuguesa Júlio Dinis e ao Rancho Folclórico “Sonhos e Juventude de Portugal”.
Já este ano, no decurso do mês de julho, a Fundação Família Carvalho organizou a 15.ª edição do Torneio de Golfe, uma iniciativa, cuja dimensão eminentemente solidária aglutinou uma vez mais a comunidade luso-americana. E possibilitou assim, à instituição filantrópica distribuir 30 mil dólares pelo “Mineola Junior Fire Department”, o “Mineola Volunteer Ambulance Corps” e o Centro de Bem Estar Social da Freguesia de Tamengos, estabelecido na localidade de onde é natural o benemérito empresário luso-americano, e que tem como missão promover o bem-estar de crianças e idosos do território anadiense.
A missão, visão e valores da Fundação Família Carvalho, expressa em muitas outras iniciativas ao longo dos últimos anos, ao constituir-se como uma centelha inspiradora de solidariedade no seio da comunidade luso-americana, lembra-nos através do singular exemplo filantrópico do casal Manuel e Jackie Carvalho, a máxima do poeta Friedrich Schiller: “Não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos as nossas mãos”.
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