Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Gérald Bloncourt apresenta em Portugal o olhar de compromisso com filhos dos Grandes Descobridores



No próximo mês de agosto, o Norte de Portugal vai ser placo privilegiado de sessões de apresentação da obra Gérald Bloncourt – O olhar de compromisso com os filhos dos Grandes Descobridores”.
 
Gérald Bloncourt ladeado pelo historiador Daniel Bastos (dir.) e pelo tradutor Paulo Teixeira (esq.)
O livro, concebido pelo historiador português Daniel Bastos a partir do espólio do conhecido fotógrafo que imortalizou a história da emigração lusitana para França nos anos de 1960, é apresentado no dia 6 de agosto às 17h30 na Galeria de Artes e Ofícios de Amares; no dia 12 de agosto às 19h00 na Biblioteca Municipal Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa em Celorico de Basto; no dia 14 de agosto às 17h00 no Auditório do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso em Chaves; e no dia 20 de agosto às 17h30 na FNAC Santa Catarina no Porto.

Com exceção da sessão no concelho de Amares, a apresentação da obra, uma edição bilingue traduzida para português e francês pelo docente Paulo Teixeira, com prefácio do pensador Eduardo Lourenço, contará com a presença do fotógrafo que seguiu durante trinta anos a vida dos portugueses em França, e que nas comemorações oficiais do 10 de junho em Paris recebeu a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
 
Capa do Livro
Além das fotografias históricas que Gérald Bloncourt captou sobre a vida dos emigrantes portugueses nos bidonvilles dos arredores de Paris, que já integraram várias exposições em Portugal e França, a obra reúne ainda memórias, testemunhos e imagens originais que o fotógrafo francês de origem haitiana realizou durante a sua primeira viagem a Portugal na década de 1960, onde retratou o quotidiano das cidades de Lisboa, Porto e Chaves. Assim como as da viagem a “salto” que fez com emigrantes lusitanos além Pirenéus, e as das comemorações do 1.º de Maio de 1974 em Lisboa, que permanecem como a maior manifestação popular da história portuguesa.
 
Contra-capa do Livro
Refira-se que esta obra que é patrocinada por duas dezenas de empresas representativas do tecido socioeconómico luso-francês, desde o seu lançamento oficial no início deste ano, foi já apresentada junto das comunidades portuguesas em Paris, Luxemburgo e Toronto. Sendo que a sessão de apresentação no Porto, no dia 20 de agosto, incluirá a abertura de uma exposição fotográfica evocativa da ligação de Gérald Bloncourt a Portugal, que está a circular pelos diversos espaços da FNAC no território nacional.



domingo, 24 de julho de 2016

POEMA - Castelos de areia



Em pleno Verão, tempo de praia, sol e mar e também de construir castelos na areia, símbolos incontornáveis das memórias dos nossos tempos de criança, partilho o desenho e o poema   “Castelos de areia”,  que fazem parte do meu livro de poesia “Terra” magnificamente ilustrado pelo mestre-pintor Orlando Pompeu: 

Desenho - Orlando Pompeu

Castelos de areia

Na enseada da fantasia
construo com as mãos
impregnadas de maresia
pulcros castelos de areia.
Fortalezas inexpugnáveis
de alegria e esperança
guardam tesouros incalculáveis,
sonhos eternos de criança.
Alindados com torres de vigia
contemplo dos celsos pináculos
com o binóculo da nostalgia
o amanhecer sobre o mar.
Ouço lá longe
o rebentar das ondas
que um dia hão de desmoronar
os castelos de areia
com que nunca devemos
deixar de sonhar.


Daniel Bastos, “Castelos de areia”, in Terra.