Morgado de Fafe
O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Museu da Emigração Açoriana foi palco da apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante”
Na passada terça-feira (23 de setembro), a ilha de São Miguel, a maior ilha do arquipélago dos Açores, recebeu a apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”.
A obra, concebida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, foi apresentada no Museu da Emigração Açoriana, situado na Ribeira Grande, no âmbito dos 20 anos deste espaço museológico dedicado à memória da diáspora açoriana.
A sessão de apresentação, que contou com a presença de antigos e atuais emigrantes, assim como, forças vivas locais e regionais, entre as quais, o vereador da Cultura da Câmara Municipal da Ribeira Grande, José António Garcia, o antigo presidente da Associação dos Emigrantes Açorianos, Rui Faria, e a atual responsável pela agremiação, Andrea Moniz-DeSouza, esteve a cargo do filósofo e escritor açoriano Onésimo Teotónio Almeida, que assina o prefácio do livro.
No decurso da sessão, o Professor Emérito da Universidade de Brown, que tem dedicado uma grande parte da sua vida a escrever sobre a portugalidade, saudou "vivamente os autores do livro-álbum", pelo "seu engajamento na chamada de atenção para o papel que a emigração – uma espécie de enteada entre os fatores influentes no processo evolutivo do nosso país neste último século – tem desempenhado". Na ótica do mesmo, "Daniel Bastos é, em Portugal, quem mais sistemática e regularmente na comunicação social impressa, se dedica aos temas da presença portuguesa no mundo".
Refira-se que a obra bilingue (português e inglês), realizada com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, assume-se como um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal.
Uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa. Como é o caso do Arquipélago dos Açores, onde existe uma dezena de monumentos, destacando-se entre outros, a peça de arte pública “Saudades da Terra”, erigida em 2020 na Praça do Emigrante, na cidade da Ribeira Grande, em homenagem aos emigrantes açorianos.
Neste sentido, a apresentação desta história concisa e ilustrada da emigração, um fenómeno marcante na Ribeira Grande, concelho de forte emigração que acolhe também a sede da Associação dos Emigrantes Açorianos, constituiu-se no âmbito do 20.º aniversário do Museu da Emigração Açoriana, como um tributo à diáspora natural do arquipélago, calculada em cerca de 1,5 milhões de emigrantes e seus descendentes, extensões da “açorianidade” no mundo.
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS - ©Câmara Municipal Ribeira Grande
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