Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Museu da Emigração Açoriana recebe apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante”

No dia 23 de setembro (terça-feira), é apresentado na Ilha de São Miguel, a maior ilha do arquipélago dos Açores, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”. A obra, concebida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, é apresentada às 18h30, no Museu da Emigração Açoriana, localizado na cidade da Ribeira Grande, no âmbito dos 20 anos deste espaço museológico dedicado à memória da diáspora açoriana.
A sessão de apresentação da obra, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, e posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade, estará a cargo do filósofo e escritor açoriano Onésimo Teotónio Almeida, que assina o prefácio do livro. A obra pioneira, realizada com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, que ainda no mês passado foi apresentada na ilha do Pico, é um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal. Uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa espalhada pelos quatro cantos do mundo. Como é o caso do Arquipélago dos Açores, onde existe uma dezena de estruturas comemorativas dedicadas aos Emigrantes, que servirão inclusive de base, no decurso da sessão, à inauguração de uma exposição fotográfica. Destacando-se, entre estas, a peça de arte pública “Saudades da Terra”, erigida em 2020 na Praça do Emigrante, na cidade da Ribeira Grande, em homenagem a todos os emigrantes açorianos que partiram em busca de melhores condições de vida. A apresentação desta história concisa e ilustrada da emigração, um fenómeno marcante na Ribeira Grande, concelho de forte emigração que acolhe também a sede da Associação dos Emigrantes Açorianos, assume-se no âmbito do 20.º aniversário do Museu da Emigração Açoriana, como um tributo à enorme diáspora arquipelágica, calculada em cerca de 1,5 milhões de emigrantes e seus descendentes, extensões da “açorianidade” no mundo. No prefácio do livro, Onésimo Teotónio Almeida, Professor Emérito da Universidade Brown, que dedicou uma grande parte da sua vida a escrever sobre a portugalidade e a açorianidade, assegura “Se uma imagem vale mil palavras, temos aqui duas centenas e meia de milhar de belas palavras saltando-nos à vista com gritante eloquência”. Na mesma linha, Maria Beatriz Rocha-Trindade, autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, sustenta no posfácio que “Este livro, constitui uma valiosa contribuição para o conhecimento da História de Portugal”.

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