Clio – Pintura da musa da História
Pierre Mignard (1689)
Num período marcado pelo processo irreversível e vertiginoso da Globalização, cuja interligação entre pessoas, países e culturas gera uma dinâmica de mundividência global, falar de História Local parece à partida um contra-senso.
Como nos aspectos políticos, económicos e culturais, cuja escala de expansão e desenvolvimento é sempre calculada em função do denominador “europeu” ou “mundial”, a História expande-se nessas ópticas de análise e escala: “História Mundial”, “História Europeia”-, a consolidação de uma cultura e integração europeia, e a necessidade de uma consistente ética mundial estão obviamente aqui reflectidas.
No entanto, é também neste tempo globalizante que o estudo da História Local tem despertado um crescente interesse, dada a busca de raízes e identidades fundamentais para a cimentação do mosaico regional, nacional, europeu e global.
Nesse sentido, a História Local não se assume como um contra-senso na actualidade, assumindo-se como um contraponto à massificação e uniformização cultural. O estudo e valorização do nosso passado, do nosso património, da nossa memória são essenciais para a compreensão da nossa herança colectiva.
Sem comentários:
Enviar um comentário