Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Paris recebe apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante”

No dia 15 de novembro (sábado), é apresentado em Paris, capital de França, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”. A obra, concebida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, é apresentada às 17h30, na Casa de Portugal André de Gouveia, na Cidade Internacional Universitária de Paris. A sessão de apresentação do livro, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, e posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade, estará a cargo de João Costa Ferreira, Diretor da Casa de Portugal da Cité Internationale Universitaire de Paris.
A obra pioneira, realizada com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, é um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal. Uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa espalhada pelos quatro cantos do mundo.
A sessão de apresentação desta história concisa e ilustrada da emigração portuguesa, aberta à comunidade, constitui um reconhecimento à comunidade portuguesa em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa, e uma das principais comunidades estrangeiras estabelecidas no território gaulês, rondando um milhão de pessoas. Refira-se que a sessão de apresentação na Casa de Portugal André de Gouveia, um espaço incontornável, em Paris, na promoção da cultura e língua portuguesa, servindo como residência para estudantes, investigadores e artistas portugueses, inclui uma prova de vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte, um dos maiores produtores nacionais de vinho verde que procura aliar a tradição de fazer vinho com a inovação no sector. No prefácio do livro, Onésimo Teotónio Almeida, Professor Emérito da Universidade Brown, que dedicou uma grande parte da sua vida a escrever sobre a portugalidade, assegura “Se uma imagem vale mil palavras, temos aqui duas centenas e meia de milhar de belas palavras saltando-nos à vista com gritante eloquência”. Na mesma linha, Maria Beatriz Rocha-Trindade, autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, sustenta no posfácio que “Este livro, constitui uma valiosa contribuição para o conhecimento da História de Portugal”.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Idalmiro da Rosa: um fautor da portugalidade em San Diego

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é indubitavelmente a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico, político e associativo. Nos vários exemplos de dirigentes associativos e fautores da cultura lusa na diáspora, cada vez mais percecionados como um ativo estratégico na promoção e reconhecimento do país, tem-se destacado, ao longo dos últimos anos, o percurso notável de Idalmiro da Rosa em prol da portugalidade em San Diego, cidade dos Estados Unidos da América, localizada no sul do estado da Califórnia. Natural de São Roque, vila açoriana da ilha do Pico, onde nasceu em 1954, e viveu durante os seus primeiros dez anos, entre o Farol da Manhenha, na Piedade, e o Cais do Pico, até emigrar em 1967 para San Diego, a segunda cidade mais populosa da Califórnia, o estado com maior diáspora de origem portuguesa nos Estados Unidos da América. A chegada do jovem picaroto a San Diego, ocorreu na senda migratória do núcleo familiar. O pai era faroleiro na segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores e sócio em três barcos, ainda que quando se tenha radicado em San Diego, a ideia fosse trabalhar no estaleiro onde se construíam atuneiros, acabou por oportunidade financeira, a labutar no mar, onde chegou a ser engenheiro maquinista com o irmão. O percurso paterno, que forjou indelevelmente a têmpera de Idalmiro da Rosa, evidencia o contributo coletivo de várias famílias portuguesas, essencialmente oriundas das ilhas dos Açores e da Madeira, que na centúria passada estabeleceram-se na Baía de San Diego, e desempenharam um papel decisivo no desenvolvimento da indústria do atum, e na afirmação de San Diego no decurso do séc. XX, como a capital mundial do atum. O jovem picaroto chegou a trabalhar nos estaleiros, mas nunca se afastando dos estudos. Frequentou a escola primária católica de Saint Agnes, nos anos 70 o Point Loma High School, e na mesma década adquiriu no San Diego Mesa College, o diploma de “Associate Arts”, em Arquitetura. No alvorecer dos anos 80, completou o bacharelato em Engenharia Mecânica, na California Polythenic State University, em San Luis Obispo, encetando um percurso socioprofissional fulgurante de engenheiro. Primeiro como gerente da companhia Enercor Inc., sendo que ainda na década de 1980 iniciou a empresa Da Rosa Design, especializada em arquitetura e engenharia mecânica. E no clarear do séc. XXI, na Câmara Municipal de San Diego, gerindo projetos de engenharia e construção relacionados com Estações de Tratamento de Águas Residuais. Concomitantemente, o emigrante açoriano estabeleceu um profundo comprometimento com a comunidade portuguesa em San Diego, atualmente constituída por cerca de 20 mil luso-americanos, desempenhado um trabalho cultural fundamental na preservação da herança cultural e histórica entre Portugal e San Diego. Assim evidencia o seu envolvimento comunitário, ao longo das últimas décadas, na Aliança Açoreana, no Centro Histórico Português, no Península Youth Soccer League, no grupo coral português de Saint Agnes, no Festival Cabrillo, no Portuguese American Social & Civic Club, ou no United Portuguese Sociedade Espírito Santo, Inc., (UPSES), o coração da comunidade portuguesa em San Diego, onde se localiza a Avenida de Portugal e o museu do Centro Histórico Português. Desde 2017, o líder comunitário com raízes açorianas, desempenha as funções de Cônsul Honorário de Portugal em San Diego, exercendo assim serviços, não renumerados, de defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos do Estado Português e dos seus nacionais na segunda cidade mais populosa da Califórnia e a oitava mais populosa dos Estados Unidos. O reiterado orgulho que nutre pelas suas raízes, tem levado ao longo dos anos o engenheiro luso-americano a alavancar a construção de pontes de cooperação entre a sua pátria de origem e de acolhimento. Por exemplo, ainda este verão, o Cônsul Honorário de Portugal em San Diego, foi recebido pelo presidente e a vice-presidente da Câmara Municipal de São Roque do Pico, num encontro que teve como objetivo reforçar os laços entre o concelho picoense e a comunidade portuguesa residente na Califórnia. Assim como, estreitar as relações com a diáspora açoriana, aprofundar a cooperação em áreas como a promoção cultural, o turismo e a valorização das tradições locais junto das comunidades emigrantes. Uma das figuras mais consideradas e respeitadas da comunidade portuguesa em San Diego, na Califórnia, o esforço e dedicação desprendida do engenheiro Idalmiro da Rosa, fautor da portugalidade que não olvida as suas raízes, inspira-nos a máxima do antigo presidente dos Estados Unidos da América, John F. Kennedy: “Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela”.

domingo, 12 de outubro de 2025

Historiador da diáspora Daniel Bastos reuniu com a Cônsul-Geral de Portugal em Paris

No passado dia 10 de outubro (sexta-feira), o historiador da diáspora Daniel Bastos, a convite da Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Mónica Lisboa, reuniu na capital francesa com a diplomata de um dos maiores consulados de Portugal no estrangeiro.
No decurso da reunião, foi abordado o percurso do professor, historiador e escritor, colaborador regular da imprensa de língua portuguesa no mundo, que ao longo dos últimos tem concebido vários trabalhos no campo da história da emigração portuguesa. Assim como, a dinâmica da comunidade portuguesa em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa e uma das principais comunidades estrangeiras estabelecidas no território gaulês, rondando um milhão de pessoas. Nomeadamente, o empreendedorismo, o movimento associativo e a solidariedade, como é o caso da Fundação Nova Era Jean Pina, da qual o historiador é embaixador junto da diáspora, e cujo presidente, o empresário português radicado na região parisiense, João Pina, marcou presença na reunião de trabalho. Refira-se ainda, que no dia 15 de novembro (sábado), o historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, apresenta às 17h30 na Casa de Portugal André de Gouveia, na Cidade Internacional Universitária de Paris, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”. A sessão de apresentação da obra em Paris, aberta á comunidade luso-francesa, constituirá um reconhecimento ao contributo fundamental dos emigrantes portugueses no desenvolvimento da França e de Portugal.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Daniel Bastos homenageia emigração portuguesa em Nova Iorque

No dia 25 outubro (sábado), o historiador da diáspora Daniel Bastos apresenta em Nova Iorque, um dos estados mais populosos e importantes da América, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”.
A obra, concebida em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante, existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, é apresentada às 17h30, na Portuguese Heritage Society, em Mineola. Uma vila nova-iorquina, presidida pelo luso-americano Paulo Pereira, onde cerca de 15% dos seus habitantes são emigrantes portugueses e lusodescendentes, e que nesse dia será palco da reunião do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas para a América do Norte. Ainda na Região Metropolitana de Nova Iorque, mas já na cidade de Newark, no estado de Nova Jérsia, onde se concentra uma das mais conhecidas e numerosas comunidades luso-americanas. O investigador da emigração, apresenta no dia 29 de outubro (quarta-feira), às 18h00, no centenário Sport Club Português de Newark, o livro bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, e que conta com prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, Professor Emérito da Universidade Brown. Refira-se que a deslocação do autor e as apresentações da obra, abertas ao público, são apoiadas pelo empresário português em Nova Iorque, Manuel Carvalho, e contam ainda com o apoio da Fundação Família Carvalho, da Village of Mineola, do Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque, da NYPALC (New York Portuguese-American Leadership Conference), da Portuguese Heritage Society e da ProVerbo - Secção Cultural do Sport Club Português em Newark. Realizado com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, o livro constitui um convite a uma viagem pela memória da emigração portuguesa. Um itinerário, que ao percorrer todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, evidencia as motivações subjacentes à partida e aos destinos, a celebração de figuras gradas das comunidades, a evocação contínua de uma espécie de sinónimo de Portugal, a saudade. Assim como, objetos simbólicos e aspetos inerentes à memória coletiva da emigração, como é o caso da emigração para os Estados Unidos, onde atualmente residem mais de um milhão de luso-americanos, que se destacam pela sua integração, empreendedorismo e papel económico e sociopolítico na principal potência mundial. Assumindo-se como uma história concisa e ilustrada da diáspora, a obra presta tributo aos milhões de emigrantes e lusodescendentes espalhados pelo mundo, neste caso aos luso-americanos da Região Metropolitana de Nova Iorque, que têm dado um contributo fundamental no desenvolvimento das suas terras de origem e de acolhimento. No prefácio do livro, o filósofo emigrante na América, Onésimo Teotónio Almeida, assegura “Se uma imagem vale mil palavras, temos aqui duas centenas e meia de milhar de belas palavras saltando-nos à vista com gritante eloquência”. Na mesma linha, Maria Beatriz Rocha-Trindade, autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, sustenta no posfácio que “Este livro, constitui uma valiosa contribuição para o conhecimento da História de Portugal”. Com vários livros publicados no campo da história da emigração portuguesa, cujas sessões de apresentação o têm colocado em contacto estreito com as comunidades lusas, o percurso do professor, historiador e escritor Daniel Bastos, colaborador regular da imprensa de língua portuguesa no mundo, tem sido alicerçado no seio da diáspora.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

S&F Concrete Contractors: 60 anos a engrandecer os Estados Unidos

No decurso do passado mês de setembro, a S&F Concrete Contractors, uma das maiores empresas de construção da América do Norte, alicerçada no percurso inspirador e de sucesso do comendador António Frias, um dos mais proeminentes empresários portugueses nos Estados Unidos, assinalou o seu 60.ºaniversário. Entre muitos amigos, colaboradores e forças vivas da comunidade luso-americana, a festa realizada no centenário Clube Português de Hudson, no estado de Massachusetts, na região da Nova Inglaterra, constitui um marco que simboliza o percurso, as conquistas e os desafios superados ao longo dos anos, daquela que é hoje a maior empresa de construção civil da Nova Inglaterra, com um volume de negócios superior a 200 milhões de dólares anuais. Mais do que uma empresa, a S&F Concrete Contractors é um projeto de vida, umbilicalmente ligado à trajetória migratória de António Frias e da família, para a América. Natural da Calheta, lugar da freguesia de Santo Espírito, concelho da Vila do Porto, na ilha açoriana de Santa Maria, António Frias emigrou em 1955, aos 16 anos de idade, com a família para Hudson. A chegada à vila situada no condado de Middlesex, numa fase de incremento da emigração açoriana para os Estados Unidos, na demanda de melhores condições para escapar a um quotidiano arquipelágico marcado pelo espectro da pobreza e da miséria, marcou o início de um percurso de vida de um verdadeiro “self-made man”. O trabalho, o esforço e a resiliência, valores coligidos no seio familiar, transformaram o jovem mariense que começou a trabalhar numa fábrica de calçado e numa padaria, num dos mais importantes empresários luso-americanos no ramo da construção civil. O percurso de sucesso foi alavancado dez anos depois da chegada ao território norte-americano, período em que se juntou ao irmão José Frias e ao amigo Jack Santo, e inaugurou com apenas três funcionários a S&F Concrete Contractors, que começou por construir passeios, sobrados de casas e valetas de cimento. Mais tarde, António Frias comprou a parte do amigo, tornando-se sócio maioritário da empresa, e um afamado magnata da construção nos Estados Unidos. Com 60 anos de experiência acumulada, e uma equipa de mais de 700 funcionários, o império empresarial da S&F Concrete Contractors tem um conjunto de obras emblemáticas disseminadas pelo vasto território norte-americano. Entre elas, contam-se, por exemplo, a construção do Gillette Stadium, o estádio da equipa de futebol americano New England Patriots (NFL); o pavilhão dos Boston Celtics, uma das equipas mais populares da National Basketball Association (NBA); a Millennium Tower em Boston; o MIT Simmons Residence Hall, em Cambridge; e o Encore Boston Harbor, um resort de luxo que inclui um casino com mesas de poker e máquinas de jogos. Empresário multifacetado, com uma trajetória marcada pelo mérito e pela inovação, António Frias recebeu em 1989 do antigo Presidente da República, Mário Soares, a Ordem de Mérito Industrial de Portugal. E em 2011, o Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, iniciativa promovida pela COTEC Portugal, das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva. No rol das condecorações de António Frias, avultam várias distinções atribuídas pela comunidade luso-americana, e autoridades estaduais e federais norte-americanas. Como seja um doutoramento honorífico da Massachusetts Maritime Academy; o Portuguese American Leadership Council of the United States (PALCUS); ou o Leadership Appreciation Award, atribuído pelo antigo governador de Massachusetts, Charlie Baker. Concomitantemente, são públicas as amizades que o emigrante português de sucesso, ao longo dos anos, tem cultivado junto de figuras influentes do cenário político norte-americano, mormente, dos antigos presidentes dos Estados Unidos, Jimmy Carter, George Bush pai e filho, e Donald Trump. O sucesso que alcançou ao longo de mais de meio século a engrandecer os EUA, tem sido constantemente acompanhado de generosos apoios a iniciativas e projetos da comunidade luso-americana, assim como de um profundo sentido altruísta em prol dos trabalhadores da S&F Concrete Contractors, vários deles naturais da ilha açoriana de Santa Maria. Numa fase da vida em que tem procurado passar mais tempo com a família e dedicar-se a apoiar os filhos e netos na gestão dos negócios familiares, o espírito empreendedor do emigrante açoriano mantém-se ainda interligado ao universo empresarial que construiu ao longo de 60 anos na principal potência mundial. Uma das figuras mais destacadas da numerosa comunidade luso-americana, o exemplo de vida do empresário e filantropo António Frias, alicerçado num extraordinário império empresarial na área da construção, revive a máxima de Fernando Pessoa, um dos maiores poetas de todos os tempos: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.

Orlando Pompeu inaugura exposição antológica em Braga

No dia 18 de outubro (sábado), o mestre-pintor Orlando Pompeu, um dos mais consagrados artistas plásticos portugueses da atualidade, inaugura em Braga, Capital Portuguesa da Cultura 2025, uma exposição antológica assente em trabalhos de pintura e escultura, que se fundem num diálogo visual fascinante, onde cada obra é uma janela para a alma do seu criador.
A inauguração da exposição, intitulada “Visões Pompeuanas”, ocorre às 16h00, e assinala o regresso do artista plástico ao Palácio do Raio. Um dos edifícios mais emblemáticos do património barroco do país e um dos ex-líbris da capital do Minho, que através da ação da Santa Casa da Misericórdia de Braga, tem acolhido o que há de melhor em termos artísticos para apresentar nos seus equipamentos culturais. Nesta nova exposição, patente ao público até 17 de novembro, Orlando Pompeu exibe uma mostra artística distinta, repleta de criatividade e contemporaneidade, cujas diferentes técnicas, múltiplas temáticas e perceções únicas, convergem num espaço de eleição, proporcionando ao público uma experiência sensorial rica e diversificada. Mais do que uma exposição, “Visões Pompeuanas” é um convite à (re)descoberta, um percurso de emoção e inspiração que moldam o universo do detentor de uma obra que está representada em variadas coleções particulares e oficiais em Portugal, Espanha, França, Suíça, Inglaterra, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Dubai e Japão Com uma carreira de quase quarenta anos, bem como um currículo nacional e internacional ímpar, Orlando Pompeu nasceu no concelho minhoto de Fafe. Estudou desenho, pintura e escultura em Barcelona, Porto e Paris, e nos anos 90 progrediu no seu percurso artístico ao ir trabalhar para os Estados Unidos da América, onde expôs na Galeria Eight Four, em Nova Iorque, e depois, Japão, tendo exposto na TIAS – Tokio International Art Show e na Galeria Garou Monogatari em Tóquio. Em 2022 foi distinguido em Paris com a Medalha de Bronze da Academia Francesa das Artes, Ciências e Letras.

sábado, 27 de setembro de 2025

Vigo acolheu apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante”

Na passada sexta-feira (26 de setembro), a cidade de Vigo, na Galiza, comunidade autónoma de Espanha, acolheu a apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”. A obra, concebida pelo historiador da diáspora Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, foi apresentada no Camões - Centro Cultural Português em Vigo.
A sessão de apresentação do livro, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, e posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade, esteve a cargo de Orlando Pompeu, um dos mais consagrados artistas plásticos portugueses da atualidade. No decurso da sessão, o mestre-pintor salientou a “admiração e respeito pelos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo”, e a acuidade da obra como “um testemunho de homenagem à história da emigração”. Refira-se que o livro, realizado com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, assume-se como um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal. Uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa. Neste sentido, a apresentação desta história concisa e ilustrada da emigração, constituiu um reconhecimento da importância das migrações entre a Galiza e Portugal, um fenómeno marcante do passado e do presente de dois territórios que estão ligados por laços históricos, culturais, geopolíticos e económicos. A sessão de apresentação no Camões - Centro Cultural Português em Vigo, organismo que tem como objetivo central levar a cultura lusa a toda a Galiza, incluiu uma prova de vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte, um dos maiores produtores nacionais de vinho verde que procura aliar a tradição de fazer vinho com a inovação no sector.