Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Apresentação do livro “Santa Casa da Misericórdia de Fafe – 150 anos ao Serviço da Comunidade” no Rio de Janeiro

No próximo dia 6 de Novembro, o historiador Daniel Bastos apresenta no Rio de Janeiro - Brasil, o livro “Santa Casa da Misericórdia de Fafe – 150 anos ao Serviço da Comunidade (1862 – 2012)”.

Daniel Bastos

A apresentação do livro, integrada no evento comemorativo do Ano de Portugal no Brasil da Fundação Casa de Rui Barbosa, uma instituição pública federal, vinculada ao Ministério da Cultura que oferece um espaço reservado ao trabalho intelectual, à consulta de livros e documentos, e à preservação da memória nacional, decorrerá no auditório da instituição brasileira às 18h30, durante o encerramento de duas mesas – redondas, abertas à comunidade, que vão abordar a presença portuguesa nos acervos da Casa de Rui Barbosa, tendo como referência tanto o Museu Casa como os Arquivos, e a actuação das associações beneficentes Brasil – Portugal.
 
Fundação Casa de Rui Barbosa

 
Semana da Cultura 2012 
   
Convite
 
Recorde-se que o livro do historiador Daniel Bastos, que assinala os 150 anos da Santa Casa da Misericórdia da Fafe (SCMF), actualmente uma das maiores instituições sociais do Norte do país, com centenas de utentes, de vários escalões etários, e mais de 200 funcionários, destaca a importância dos emigrantes, no Brasil, na criação e desenvolvimento, no séc. XIX, daquela instituição de solidariedade.
O investigador recorda que a ideia partiu de um médico fafense, Miguel António Soares, que, por volta da 2.ª metade do séc. XIX, confrontado com as precárias condições de saúde da população local, pediu ajuda a um filho abastado, emigrado no Brasil.

Naquela época, residiam e trabalhavam no Rio de Janeiro dezenas de comerciantes oriundos de Fafe. Foram esses que, portadores de algumas fortunas pessoais, decidiram arranjar dinheiro para construir um hospital em Fafe, igual a outro que já existia naquela cidade brasileira.

Com os donativos oriundos do Brasil, o hospital viria a ser inaugurado em Março de 1863 com o propósito de assistir às populações mais pobres daquele concelho minhoto. Um ano antes, para gerir o equipamento, constituiu-se, com as elites locais, a irmandade da Santa Casa da Misericórdia.
 
O livro “Santa Casa da Misericórdia de Fafe – 150 anos ao Serviço da Comunidade”, edição da instituição, com aproximadamente 350 páginas e prefácio de Maria Beatriz Rocha – Trindade, Professora Catedrática da Universidade Aberta, e Fundadora e Investigadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI), e posfácio do investigador Artur Ferreira Coimbra, que culminou este ano o programa oficial de comemorações do 150º aniversário da organização, apresenta documentação que retrata aquele e os períodos subsequentes.
Livro
No ano de Portugal no Brasil, iniciativa marcada pela realização de um conjunto polifacetado de manifestações que procuram mostrar no Brasil a criatividade e o conhecimento portugueses nas artes, cultura e pensamento, na economia e inovação tecnológica, na ciência e investigação, a apresentação do livro “Santa Casa da Misericórdia de Fafe – 150 anos ao Serviço da Comunidade” na Fundação Casa de Rui Barbosa, antiga moradia do comendador Albino de Oliveira Guimarães, uma personagem influente na Comunidade Portuguesa oitocentista do Rio de Janeiro e um construtor da modernidade na cidade de Fafe, assinala o contributo estruturante da emigração brasileira na instituição, no concelho e no próprio fenómeno migratório português.

 

 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Abertura do ano letivo na Universidade Sénior de Rotary de Fafe


A Universidade Sénior de Rotary de Fafe procedeu no passado dia 26 de Outubro, no auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, à abertura oficial do novo ano lectivo, com uma palestra proferida pelo historiador Daniel Bastos subordinada ao tema “O papel da Universidades Seniores na divulgação da História Local”.


A sessão solene, que computou a presença dos alunos que vão frequentar este novo ano letivo, dos docentes que irão lecionar as diferentes disciplinas e de vários membros do Rotary Club de Fafe, contou ainda com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Fafe, Antero Barbosa, e do Governador Assistente do Distrito Rotário 1970, Carlos Martins.


Durante a abertura, o Presidente do Rotary Club de Fafe, Pe. José Peixoto Lopes, que saudou as entidades presentes e agradeceu a presença de professores, alunos e companheiros, salientou que a Universidade Sénior de Rotary além de proporcionar a troca de experiências e saberes, permite a transmissão de importantes valores e assume-se como um importante instrumento para se alcançar “A Paz Através do Servir”, conforme preconiza o lema do presente ano rotário.



 Por sua vez, o Diretor da Universidade Sénior, Alberto Alves, que teve oportunidade de dar as boas-vindas aos alunos e docentes, e partilhar algumas informações práticas sobre o funcionamento da Universidade, apresentou o palestrante agradecendo a sua colaboração voluntária e gratuita na instituição através da lecionação da disciplina de “História Local” na Universidade Sénior de Rotary Fafe.

Ao longo da sua comunicação, o historiador Daniel Bastos, que declarou aos presentes ser uma honra e privilégio lecionar na Universidade Sénior de Rotary Fafe, assegurou que o trabalho em rede e escala das Universidades Seniores é importante na divulgação da história, das ciências, das tradições, da solidariedade, das artes, a da tolerância e dos demais fenómenos sócio – culturais em Portugal. Contribuindo assim decisivamente para o envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações que o Parlamento Europeu consagrou como temática estruturante para o ano de 2012.





O período final de intervenções foi encerrado pelo vice-presidente do Município de Fafe, Antero Barbosa, que agradeceu o convite para estar presente na cerimónia e reconheceu o excelente trabalho que o Rotary Club de Fafe tem desenvolvido no concelho de Fafe, e pelo Governador Assistente do Distrito Rotário 1970, Carlos Martins, que felicitando o historiador Daniel Bastos pela sua palestra, assumiu que as Universidades Seniores são um dos grandes objectivos de Rotary em Portugal.

De referir que inscrições na Universidade Sénior de Rotary de Fafe continuam a decorrer, sendo as mesmas podem ser realizadas na secretaria do Grupo Nun’Álvares onde são prestadas mais informações. As aulas durante o presente ano letivo versam Artes Decorativas, Inglês, Música, História Local, as Novas Tecnologias, Dança, Saúde e Expressão Corporal, decorrem na sede do Rotary Clube de Fafe, sita no edifício das Associações, junto ao Grupo Cultural e Recreativo Nun´Álvares.





sábado, 27 de outubro de 2012

Estudantes de Fafe premiadas em festival internacional


O “Festival Ver e Fazer Filmes – edição Guimarães Capital da Cultura 2012”, que culminou no passado dia 24 de Outubro, contou com a participação de três fafenses, Joana Gonçalves, Sofia Rodrigues e Joana Teixeira, da Universidade do Minho, na curta-metragem “A Escolha”, vencedora nas categorias de “Melhor Argumento”, “Melhor Realização” e “Melhor Actriz Principal”.


Joana Gonçalves e Sofia Rodrigues, do grupo vencedor do melhor argumento, ganharam o direito de integrar os elementos que vão defender o filme ao festival "Cineport" - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, que se realizará em Maio próximo, na cidade de João Pessoa, no Brasil.

Tendo como mote as histórias do sobrenatural em Guimarães, o “Festival Ver e Fazer Filmes”, que vai já na sua 3ª edição, tem como missão possibilitar um encontro e uma troca de experiências entre diversos profissionais do mercado audiovisual, professores e estudantes universitários. Contou com a participação de três equipas provenientes da Universidade do Minho, Universidade Católica Portuguesa e Instituto Fábrica do Futuro/Companhia Ormeo de Teatro e Dança, de Cataguases, Brasil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cepães reviveu Desfolhada Tradicional



O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Cepães, com o apoio da Junta de Freguesia, organizou no fim-de-semana passado em Cepães, uma freguesia do concelho de Fafe com intensa actividade industrial e aptidão agrícola, uma Desfolhada Tradicional.

A iniciativa, que procurou manter e divulgar este relevante costume minhoto, que retrata um trabalho agrícola em que se retira a espiga do milho, cujo cultivo é uma tradição do Minho, concentrou em Cepães centenas de pessoas.

Carros de bois, carregados de milho, abriram ao final da tarde de sábado (20 de Outubro) o desfile da Desfolhada Tradicional, percorrendo a Rua das Laginhas até a um campo agrícola, onde as pessoas em convívio cumpriram a tradição de desfolhar o milho, recorrendo aos usos e costumes de outros tempos.
Animado pelos cantares do rancho anfitrião, assim como pelos grupos vimaranenses do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Creixomil e Rancho Folclórico de S. Clemente de Sande, a iniciativa etnográfica recriou um ambiente rural muito semelhante ao dos tempos passados, reavivando os usos e costumes etnográficos de Cepães, em que não faltaram os petiscos como o bolo com sardinhas, o caldo e o vinho verde.













A manifestação cultural minhota prolongou-se na tarde de domingo (21 de Outubro) com a realização de jogos tradicionais, cantares ao desafio e actuação de grupos de concertinas. No balanço da iniciativa, Francisco Alves, Francisco Leite Castro e Manuel Silva, três dos principais rostos da organização, confluíram nos agradecimentos a todos quanto trabalharam na realização das actividades, prometendo a dinamização da iniciativa no próximo ano porquanto as desfolhadas de milho estão bem vivas na memória dos cepanenses.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Cepães organiza Desfolhada Tradicional



O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Cepães, com o apoio da Junta de Freguesia, organiza no próximo fim-de-semana em Cepães, uma freguesia do concelho de Fafe com intensa actividade industrial e aptidão agrícola, uma Desfolhada Tradicional

Recriação de uma Desfolhada Tradicional

Recriação de uma Desfolhada Tradicional

Tendo como principal objectivo manter e divulgar este relevante costume minhoto, que retrata um trabalho agrícola em que se retira a espiga (ou maçaroca) do milho, cujo cultivo é uma tradição do Minho, o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Cepães convida toda a comunidade local no sábado (dia 20 de Outubro), a partir das 14h00, a concentrar-se na Travessa das Regedouras, em Cepães, onde se realizará um cortejo do milho, do campo para a eira.

O cortejo alusivo à desfolhada, onde as pessoas em convívio poderão cumprir a tradição de desfolhar o milho, recorrendo aos usos e costumes de outros tempos, será animado pelos cantares do rancho anfitrião, assim como pelos grupos vimaranenses do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Creixomil e Rancho Folclórico de S. Clemente de Sande.

Prometendo recriar um ambiente rural muito semelhante ao dos tempos passados, reavivando os usos e costumes etnográficos cepanenses, em que não faltarão o bolo com sardinhas, o caldo e o vinho verde, a animação pitoresca e musical prolongar-se-á no domingo (dia 21 de Outubro), a partir das 14h00, com a realização de jogos tradicionais e a actuação de tocadores de concertinas, o Grupo "Ribeiro e Amigos" e o músico Fernando Correia.

"República em Fafe" é "importante contributo"

Correio do Minho - Notícias

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A Primeira República em Fafe – Elementos para a sua história



A Primeira República em Fafe – Elementos para a sua história é uma obra de investigação histórica que vai ser apresentada esta sexta-feira, 12 de Outubro, no salão nobre do Teatro – Cinema de Fafe, a partir das 21h30. A entrada é livre.


São seus autores os historiadores fafenses Artur Ferreira Coimbra, Daniel Bastos e Artur Magalhães Leite.


A obra tem prefácio de Maria Alice Samara, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que estará presente na sessão de lançamento. 

A edição é do Núcleo de Artes e Letras de Fafe e conta com o apoio do Município de Fafe e da Junta de Freguesia de Fafe. 

A obra surge como corolário do Curso Livre de História Local, sob o tema O concelho de Fafe durante a Primeira República (1910-1926)”, promovido pelo Núcleo de Artes e Letras de Fafe, há dois anos, no âmbito das celebrações do Centenário da República

A acção decorreu entre 07 de Outubro e 18 de Novembro de 2010 e teve como propósito proporcionar ao público em geral um melhor conhecimento sobre um período histórico fundamental na afirmação e desenvolvimento do concelho de Fafe. Durante sete semanas, mais de meia centena de pessoas acompanhou as sessões.


A obra assume como ponto de partida a matéria apresentada ao longo daquele curso, naturalmente mais organizada, aprofundada e dotada de uma coerência que a oralidade não permite, acrescentada com dois ou três temas que enriquecem e diversificam o conteúdo.
Do índice, além do prefácio, podem referir-se os seguintes capítulos (e respectivos autores):

A I República Portuguesa (1910-1926) – Uma “nova versão” do Liberalismo – Artur Coimbra
As raízes republicanas no concelho de Fafe – Daniel Bastos
Fafe em 1910 – Breve retrato – Artur Coimbra
A Proclamação da República em Fafe – Artur Coimbra
Momentos e legado da I República em Fafe – Artur Coimbra
O governo local (1910-1926) – Artur Coimbra
A contra-revolução monárquica em Fafe 1911-1919 (Das incursões couceiristas à Monarquia do Norte) – Artur Coimbra
O concelho de Fafe durante a I Grande Guerra Mundial – Daniel Bastos
As mulheres da I República em Fafe – Daniel Bastos
Ensino e escolas na I República, em Fafe – Artur Magalhães Leite
O associativismo na I República – Artur Coimbra
O jornalismo na I República – Artur Coimbra
Figuras referenciais da I República em Fafe – Artur Coimbra
As ruas da República – Artur Coimbra
Imagens da I República

Não pretendendo esgotar a história daqueles tempos, já que muito fica ainda por dizer, ficam as linhas gerais do impacto que teve aquele fracturante período histórico do Portugal Contemporâneo neste município minhoto, numa investigação que teve como socorro privilegiado o fundo do Arquivo Municipal e a imprensa periódica local.

Fafe era um município essencialmente rural, com uma economia baseada na agricultura e na pecuária, com alguma indústria, com grande número de gente analfabeta e temente a Deus, como por todo o Norte. Um concelho em tudo idêntico a tantos onde a República custou a entrar e onde a reacção monárquica encontrou terreno fértil e fácil, sobretudo por influência do clero, como se demonstra pelas incursões de Paiva Couceiro e pelas reacções à curta Monarquia do Norte, em Janeiro/Fevereiro de 1919.

De resto, ficaram algumas “marcas” deste período, na arquitectura e no urbanismo da cidade, na produção da energia eléctrica para abastecimento público, com a construção de uma das primeiras centrais hídricas da região (1914), na dinâmica cultural, com a edificação do mítico Teatro-Cinema de Fafe (1923), no associativismo, no jornalismo e em outras áreas, como se verifica nas páginas da obra. 

in Núcelo de Artes e Letras de Fafe (NALF) - http://nalf-olhares.blogspot.pt/

domingo, 7 de outubro de 2012

Jovens artistas locais marcaram presença no Guimarães noc noc



Depois do sucesso e adesão do ano passado, e em ano de Capital da Cultura, o Guimarães noc noc voltou a invadir as ruas do Berço da Nação nos dias 5, 6 e 7 de outubro.

 Este ano o evento cultural e artístico, promovido pela associação Ó da Casa!, cresceu em participação, ultrapassou fronteiras e voltou a conquistar a cidade, com mais de 500 artistas e 320 projetos, em cerca de 70 espaços, que fizeram parte da programação desta iniciativa.

 Casas particulares, rua, associações, espaços que se abriram primeira vez, ou que nunca tinham sido mostrados ao público, fizeram parte do roteiro circunscrito ao centro da cidade de Guimarães e estiveram ocupados por vídeos, artes plásticas, performances, música, instalações, fotografia, poesia, e teatro.

Esta oportunidade para conhecer a Capital Europeia da Cultura por dentro e por fora, foi aproveitada pelas jovens fafenses Ana Lobo, Isabel Brites e Sandra Novais, que marcaram presença no evento cultural e artístico com uma instalação em artes visuais, ou seja, uma obra artística que procura construir um ambiente ou uma cena em que os objetos e as estruturas que a compõem interagem com o espaço em que está e também com o corpo e o ponto de vista do observador, alusiva aos desafios atuais e futuros dos jovens.


 Exposta no Salão Nobre do C.A.R. - Circulo de Arte e Recreio, com o título “Minds of Nowhere”, as jovens locais, profissionais nas áreas da contabilidade, direito e educação, mas que nutrem apreço pela criação artística, descreveram a sua instalação artística como um “Lugar onde se é tudo, e onde só existe a vida por uma falsa janela anamórfica de telescópio eletrónico comandada por controlo remoto que sucumbe ao vácuo das emoções alheias. Identifica-te! acorda!...cada um de nós é a diferença”.