Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Exposição evocativa dos Cortejos de Oferendas em benefício do Hospital da Misericórdia de Fafe



A Santa Casa da Misericórdia de Fafe inaugurou no passado dia 20 de Abril no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, uma exposição evocativa dos Cortejos de Oferendas em benefício do Hospital da Misericórdia entre 1944 e 1965.

A iniciativa que se enquadra no programa das Comemorações dos 150 anos da Santa Casa da Misericórdia de Fafe (1862-1962), lotou por completo o auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, que foi pequeno para albergar a “família” da instituição que esteve presente em peso na sessão, assim como diversos representantes das colectividades do concelho, vereadores, professores, presidentes de junta, párocos e diversas pessoas da comunidade.

A inauguração da exposição, composta por uma dezena de painéis enriquecidos com fotografias e documentos da época, e cuja coordenação e investigação esteve a cargo do historiador local, Daniel Bastos, foi precedida de uma singela cerimónia de enquadramento sócio – histórico sobre a realização dos Cortejos de Oferendas em benefício do Hospital da Misericórdia entre 1944 e 1965.

Na recepção aos convidados, os dois principais dirigentes da instituição, nomeadamente António Marques Mendes, presidente da Assembleia-geral da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, e Maria das Dores Ribeiro João, Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, deram as boas vindas a todos, congratulando-se pela mobilização em torno da sessão, sintomático do papel estruturante que a instituição desempenha no concelho de Fafe.

O historiador, Daniel Bastos, procedeu ao enquadramento sócio – histórico dos Cortejos de Oferendas em beneficio do Hospital da Misericórdia entre 1944 e 1965, focando que os Cortejos consistiram num conjunto de carros alegóricos que transportavam em desfile pelas principais ruas da cidade, em direcção ao Hospital, oferendas em dinheiro e géneros, essencialmente lenha, cereais e vinho, que mobilizaram transversalmente a sociedade local em torno da instituição de assistência.

O investigador, sustentou durante a sua explanação que a generosidade da comunidade foi determinante durante o Estado Novo (1933-1974) para a actualização e modernização da unidade de saúde, cujo apetrechamento resultou em grande medida da realização de Cortejos de Oferendas em benefício do Hospital da Misericórdia de Fafe nas décadas de 40, 50 e 60.

A sessão seria encerrada pelo Presidente do Município de Fafe, José Ribeiro, que se congratulou pela abertura da exposição, realçando que a Câmara Municipal de Fafe irá atribuir na próxima Sessão Solene Comemorativa do 25 de Abril a medalha de ouro concelhio à instituição que se afirma hoje como a mais expressiva e relevante no nosso distrito, o que é notável e diz, só por si, da sua relevância.




A exposição estará patente no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe até ao dia 4 de Maio, sendo que após esse período a mesma poderá ser requisitada junto da Santa Casa da Misericórdia de Fafe pelas freguesias do concelho e agremiações, de modo a que a população possa reviver a história dos três Cortejos de Oferendas que entre 1944 e 1965 se assumiram como grandiosas jornadas de caridade e mostruários representativos da cultura popular do concelho de Fafe.


FOTOS: Paulo Jorge Gonçalves

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