Na
passada terça-feira (16 de abril), foi apresentada na capital portuguesa o
livro “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em
Portugal”.
A obra,
concebida e realizada pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio fotográfico
de Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia humanista recentemente
falecido em Paris, e prefaciada pelo coronel Vasco Lourenço, presidente da
Direção da Associação 25 de Abril, foi apresentada na sede da instituição de
referência do Portugal democrático.
A
sessão muito concorrida foi abrilhantada com canções de abril interpretadas
pelo artista musical Manuel Jorge, e contou com a presença de militares de
abril, políticos, antigos exilados políticos, dirigentes associativos, órgãos
de comunicação social da diáspora e conterrâneos do investigador da nova geração de historiadores portugueses,
como o conhecido comentador
noticioso, Luís Marques Mendes.
A
sessão de apresentação esteve a cargo do militar de abril e presidente da
Direção da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, que assegurou que a obra
ilustrada pela lente humanista de Bloncourt, constitui uma viagem ao “tempo dos sonhos cheios de esperança, da afirmação da cidadania, da
construção de uma sociedade mais livre e mais justa, do fim e do regresso de
uma guerra sem sentido com a ajuda ao nascimento de novos países independentes,
onde a língua portuguesa continuou a ser o principal fator congregador”.
Segundo o mesmo a apresentação do livro é “uma das melhores
formas de iniciar as comemorações do 45.º aniversário do 25 de Abril”.
Refira-se
que neste novo livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, Daniel
Bastos revela uma parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado
fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa, mas que foi também
um espectador privilegiado da explosão de liberdade que tomou conta do país
após a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Através de imagens até aqui praticamente inéditas, o
historiador cujo
percurso
tem sido alicerçado no seio da Lusofonia, aborda factos históricos que medeiam
a Revolução dos Cravos e a celebração do Dia do Trabalhador na capital
portuguesa. Como a chegada do histórico
líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do
reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter
pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas
do 1.º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.
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