A
Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL), cuja génese remonta ao último quartel
do séc. XIX, então com o desiderato de promover em Portugal o ensino e a
exploração científica na área da Geografia, com particular enfâse na exploração
do continente africano, remanesce na atualidade, agora com novos horizontes e
objetivos, uma das mais importantes instituições culturais do país.
Para
isso, em muito contribui o seu ecletismo e organigrama assente em diversas
comissões dedicadas à cultura e conhecimento, como é o caso paradigmático da
Comissão de Migrações, ainda constituída aquando da criação da SGL.
Coordenada
presentemente pela Professora Catedrática Maria Beatriz Rocha-Trindade, a primeira mulher antropóloga portuguesa, e autora de uma vasta
bibliografia sobre matérias relacionadas com as Migrações. A Comissão de
Migrações da Sociedade de
Geografia de Lisboa é constituída por membros oriundos de
vários quadrantes da sociedade que têm estudado e refletido sobre o fenómeno
migratório, emigração/imigração.
Ao
longo dos últimos anos, a Comissão de Migrações da SGL tem sido responsável
pela dinamização de relevantes iniciativas no campo do fenómeno migratório, uma
constante marcante da sociedade portuguesa. Como por exemplo, no final do ano
passado, quando realizou o colóquio “CPLP - que presente e que futuro?”,
ou no anterior, o “Fórum Luso-Estudos/ Edição 2018”, o seminário “Enologia,
Mobilidade e Turismo” e a conferência “Jornalismo para a Paz em contexto de
mobilidade”.
Ainda
para o final deste mês, a Comissão de Migrações da SGL, não fosse o atual
contexto de isolamento social e medidas de contenção da pandemia
do coronavírus, tinha previsto a promoção na capital portuguesa de uma cerimónia
de homenagem póstuma a Gérald Bloncourt, consagrado
fotógrafo que imortalizou a história da emigração portuguesa para França
nos anos 60. A cerimónia,
entretanto adiada, comportava inclusivamente o lançamento oficial do novo livro
do escritor e historiador Daniel Bastos, intitulado “Comunidades, Emigração e
Lusofonia”, que procura dignificar, reconhecer e valorizar as
sucessivas gerações de compatriotas que, por razões muito diversas, saíram de
Portugal, e que em datas oportunas tem previstas várias sessões de apresentação
junto das Comunidades Portuguesas.
Sem comentários:
Enviar um comentário