A
emigração tem sido ao longo do tempo um fenómeno constante no modo de vida de
milhares de açorianos. Embora as suas origens remontem aos primórdios do povoamento
do arquipélago português situado no Atlântico nordeste, o seu carácter
sistemático consubstanciou-se entre os séculos XIX e XX com o surgimento dos
cinco grandes destinos da emigração açoriana: Brasil,
Estados Unidos da América, Bermudas, Havai e Canadá.
Atualmente
estima-se que cerca de 1,5 milhões de açorianos e seus descendentes residam no
estrangeiro, números reveladores da grandeza da diáspora açoriana, muito mais se considerarmos que residem no
arquipélago cerca de 250 mil pessoas, e que ajudam a compreender a razão destas
numerosas comunidades serem denominadas “a 10.ª ilha dos Açores”.
Como
sustenta António Machado Pires, acerca da Emigração,
Cultura e Modo de Ser Açoriano, os “açorianos da emigração são hoje, pelo
seu número e pela sua diversidade, um vasto prolongamento da unidade e da
diversidade dos Açores. São continuadores, descendentes, representantes de um
conjunto de tradições, de uma língua e de uma cultura”.
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