Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

sábado, 6 de março de 2021

Obra coletiva que destaca o Hospital da Misericórdia de Fafe distinguida no Brasil

No passado dia 2 de fevereiro, o livro Hospitais e Saúde no Oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal, uma obra coletiva na área da História e Saúde que é resultado de um conjunto de trabalhos elaborados por investigadores luso-brasileiros sobre arquitetura, urbanismo, património cultural e saúde no séc. XIX, foi distinguido no âmbito do VI Encontro da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (ENANPARQ).

O VI ENANPARQ, um congresso internacional que se assume como um dos principais eventos da área de arquitetura e urbanismo do Brasil, que este ano se realizou de forma virtual, devido à pandemia, entre os dias 1 e 5 de março em Brasília, atribuiu à obra luso-brasileira uma menção honrosa na categoria coletânea. Segundo o júri do evento, o livro “contribui para o conhecimento e para o reconhecimento da arquitetura hospitalar no Brasil e em Portugal, durante o neoclassicismo, trazendo conteúdos novos sobre o tema”.


O historiador Daniel Bastos (dir.), na sessão de apresentação em junho de 2019 da obra coletiva luso-brasileira, no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, acompanhado do arquiteto brasileiro Renato Gama-Rosa, da Fundação Oswaldo Cruz, um dos organizadores do livro em conjunto com a docente brasileira Cybelle Salvador Miranda, da Universidade Federal do Pará

 

O livro, uma publicação da editora Fiocruz, que concentra a maior parte dos lançamentos da Fundação Oswaldo Cruz, a mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, localizada no Rio de Janeiro, é constituído por sete capítulos onde os cientistas sociais luso-brasileiros revisitam a benemérita rede de dezenas de associações de beneficência fundadas por emigrantes portugueses na transição do séc. XIX para o séc. XX, e que ainda hoje são instituições de referência no Brasil, principal destino da emigração lusa na época.

Refira-se que um dos capítulos da obra é assinado pelo historiador fafense Daniel Bastos, com o título “O Hospital da Misericórdia de Fafe e a Contribuição da Benemerência Brasileira em Portugal no Século XIX”. O investigador, cujo percurso tem sido alicerçado no seio das comunidades portuguesas, aborda no seu trabalho a contribuição dos “brasileiros” de torna-viagem no concelho e as suas marcas na construção contemporânea de Fafe, com destaque para o Hospital da Misericórdia de Fafe, inaugurado em 1863 por ação de beneméritos “brasileiros” e delineado no modelo arquitetónico do Hospital da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro.

 

Sem comentários: