Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

domingo, 13 de outubro de 2024

Memórias da ditadura revisitadas no FOLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos

No passado domingo (13 de outubro), foi apresentado no FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, o livro Memórias da Ditadura – Sociedade, Emigração e Resistência. A obra, concebida pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio fotográfico inédito de Fernando Mariano Cardeira, antigo oposicionista, militar desertor, emigrante e exilado político, foi apresentada na Livraria de Santiago, um dos espaços mais emblemáticos da vila de Óbidos.
A sessão de apresentação, repleta de público, encontros e emoções, integrou a programação oficial da 9.ª edição do FOLIO, um evento que tem atualmente uma das principais programações literárias da Europa e dos países de língua portuguesa. E que este ano decorre de 10 a 20 de outubro, sob o mote da “Inquietação”, assinalando a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril e dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, através da dinamização de quase 600 iniciativas, entre mesas de autor, conversas, lançamentos de livros, apresentações, tertúlias, debates, sessões, masterclasses, exposições e seminários, sempre com o livro como âncora e fio condutor. Refira-se que nesta nova obra, uma edição bilingue (português e inglês), realizada com o apoio institucional da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, com tradução de Paulo Teixeira e prefácio de José Pacheco Pereira, o historiador da diáspora Daniel Bastos revela o espólio singular de Fernando Mariano Cardeira, cuja lente humanista e militante teve o condão de captar fotografias marcantes para o conhecimento da sociedade, emigração e resistência à ditadura nas décadas de 1960-70.

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