Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

sábado, 9 de novembro de 2024

Daniel Bastos homenageou Gérald Bloncourt no Porto

No passado sábado (9 de novembro), o historiador da diáspora Daniel Bastos, proferiu na livraria Unicepe, um espaço cultural de referência na cidade do Porto, uma conferência dedicada a "Gérald Bloncourt: o fotógrafo da emigração portuguesa", em homenagem ao “franco-atirador" dos bidonvilles e da emigração portuguesa “a salto” nos anos 60 e 70.
A conferência de homenagem, assinalou os seis anos do falecimento de uma personalidade ímpar que durante mais de duas décadas escreveu com luz a vida dos portugueses em França e em Portugal. Centrada na abordagem do trabalho e percurso de vida do fotógrafo que imortalizou a epopeia da emigração e a génese da democracia portuguesa, a sessão intimista e acolhedora, inclui ainda a reapresentação do livro “O olhar de compromisso com os filhos dos Grandes Descobridores”. Uma obra concebida e realizada por Daniel Bastos em 2015, que contou com prefácio de Eduardo Lourenço e tradução de Paulo Teixeira, onde é retratado através do espólio de Gérald Bloncourt, a vida dos emigrantes portugueses nos bairros de lata nos arredores de Paris, conhecidos como bidonvilles, que já integraram várias exposições em Portugal e França, e que fazem parte do arquivo da Cité nationale de l’histoire de l’immigration em Paris, e do Museu das Migrações e das Comunidades, em Fafe. Assim como, a primeira viagem a Portugal na década de 1960, onde retratou o quotidiano das cidades de Lisboa, Porto e Chaves; a viagem a “salto” que fez com emigrantes portugueses além Pirenéus; e as comemorações do 1.º de Maio de 1974 em Lisboa, que permanecem como a maior manifestação popular da história portuguesa. No decurso da conferência de homenagem, o historiador da diáspora afirmou que “o trabalho fotográfico de Bloncourt constitui um valioso repositório do último meio século nacional, que resgata das penumbras do esquecimento os protagonistas anónimos da história nacional que lutaram aquém e além-fronteiras pelo direito a uma vida melhor e à liberdade”.

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