Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

domingo, 17 de agosto de 2025

Livro “Monumentos ao Emigrante” homenageou diáspora açoriana no Pico

No passado sábado (16 de agosto), a Ilha do Pico, a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, recebeu a apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”. A obra, concebida pelo historiador Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante, existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, foi apresentada no Salão da Silveira, concelho das Lajes do Pico, no âmbito do encerramento das cerimónias da Festa da Mãe de Deus.
Mesa da sessão de apresentação do livro “Monumentos ao Emigrante” no Salão da Silveira (Da esq. para dir.: João António das Neves, Cónego da Sé de Angra; Tomás Orlando Cardoso, Presidente do Centro Social da Silveira; Manuel Bettencourt, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Califórnia; Ana Brum, Presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico; Manuel Eduardo Vieira, empresário e filantropo da comunidade portuguesa na Califórnia; José Luís Carneiro, Deputado à Assembleia da República e Secretário-Geral do PS; e Daniel Bastos, autor da obra e historiador da diáspora. A sessão de apresentação que encheu o Salão da Silveira com mais de 250 pessoas, entre antigos e atuais emigrantes, forças vivas e população local, e contou com a presença, de Ana Brum, Presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico; João António das Neves, Cónego da Sé de Angra; Tomás Orlando Cardoso, Presidente do Centro Social da Silveira; Manuel Eduardo Vieira, reputado empresário e filantropo da comunidade portuguesa na Califórnia; e Manuel Bettencourt, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Califórnia. Esteve a cargo do antigo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, que atualmente assume as funções de Deputado à Assembleia da República e Secretário-Geral do Partido Socialista, que evidenciou a diáspora portuguesa como um ativo de enorme valor para o país em geral, e para o Arquipélago dos Açores, em particular. O político e professor universitário, como nas demais intervenções da mesa de honra, apontou o comendador Manuel Eduardo Vieira, como uma das figuras mais proeminentes da imensa comunidade portuguesa na Califórnia, destacando as suas qualidades humanas, o seu espírito empreendedor, benemérito e o profundo apego que mantém à terra natal. José Luís Carneiro, enalteceu ainda o trabalho do historiador da diáspora Daniel Bastos, autor de mais uma relevante obra que retrata e valoriza a história da emigração portuguesa. Refira-se que este novo livro, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, prefácio do filósofo e escritor açoriano Onésimo Teotónio Almeida, posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade, e realizada com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, assume-se como uma viagem através de um itinerário profusamente ilustrado, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, e que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa espalhada pelos quatro cantos do mundo. Como é o caso da estátua do comendador Manuel Eduardo Vieira, natural da Silveira, que através de uma trajetória de mérito empresarial na Califórnia, tornou-se, a partir do Vale de São Joaquim, no maior produtor de batata-doce biológica do mundo. E cuja dimensão empreendedora e filantropa, estiveram na base da inauguração pela edilidade lajense em 2017, na Praceta do Centro Social da Silveira, do qual é um benemérito de referência, de uma estátua em sua homenagem, concebida pelo escultor açoriano Rui Goulart, que eterniza igualmente a generosidade que tem repartido por diversas associações da ilha do Pico. Nesse sentido, a sessão de apresentação da obra concisa e ilustrada da história da emigração, um fenómeno marcante na história da Ilha do Pico, constituiu-se como uma homenagem ao comendador Manuel Eduardo Vieira. E, simultaneamente, um tributo à comunidade açoriana na América do Norte, em particular, às comunidades picoenses, que fortemente presentes nos Estados Unidos e Canadá, exercem um papel relevante no desenvolvimento do território arquipelágico, perpetuando além-fonteiras os costumes e tradições açorianas. Esta sessão, aberta à comunidade, incluiu um beberete convívio abrilhantado pelas atuações de Manuel Francisco Costa Jr., e a Tuna do Centro Social da Silveira Chamarritas, sendo que, a totalidade das receitas da venda dos livros, que esgotaram rapidamente, reverteram a favor da Igreja Paroquial da Silveira.

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