O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.
No passado
dia 16 de Novembro, o historiador Daniel Bastos apresentou no Consulado Geral
de Portugal em Paris o livro “Santa Casa da Misericórdia de Fafe – 150 Anos ao
Serviço da Comunidade (1862 – 2012)”. A sessão, que juntou a comunidade
emigrante em França, em particular a fafense, e encheu por completo a Sala Eça
de Queirós, contou com a presença da provedora da Misericórdia de Fafe, Maria
das Dores Ribeiro João, do presidente do Município de Fafe, José Ribeiro, do
empresário fafense, radicado na capital francesa, Manuel Pinto Lopes, e do
provedor da Misericórdia de Paris, Joaquim Silva Sousa.
Discurso - Daniel Bastos
Sessão
Vídeo
reportagem da Lusopress.TV sobre a apresentação do livro da Misericórdia de Fafe no
Consulado de
Portugal em Paris
A
apresentação do livro, que assinala os 150 anos da Santa Casa da
Misericórdia da Fafe (SCMF), actualmente uma das maiores instituições sociais
do Norte do país, com centenas de utentes, de vários escalões etários, e mais
de 200 funcionários, decorreu às 18h30, tendo a obra sido apresentada
pelo benemérito
empresário fafense Manuel Pinto Lopes, que ao longo dos últimos anos, directa
ou indirectamente, ofereceu à Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Fafe quatro veículos para combate a fogos florestais, duas
ambulâncias, um veículo de fogos urbanos e uma auto-escada. O benemérito
emigrante fafense, nomeado este ano pela Lusopress, no seio das Comunidades
Portuguesasespalhadas pelos quatro cantos do mundo, um dos Dez
Portugueses de Valor 2012, realçou o trabalho realizado por Daniel Bastos em prol
da História da Misericórdia de Fafe, que considerou uma
instituição de referência na solidariedade e apoio social no seu concelho.
Discurso - Manuel Pinto Lopes
Antes,Pedro
Lourtie,
Cônsul-Geral de Portugal em Paris, que saudou o autor, e a provedora da
Misericórdia de Fafe, referiu a importância para a comunidade portuguesa, em
particular para a fafense, da presença do autarca José Ribeiro na sessão,
concelho onde se situa o Museu da Emigração e das
Comunidades que o mesmo elogiou enquanto espaço de aprofundamento
do conhecimento das migrações na diáspora portuguesa.
Discurso - Pedro Lourtie
O
historiador fafense, que agradeceu aos responsáveis consulares, designadamente
ao Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Pedro Lourtie, e à
conselheira cultural, Ana Nave, assim como ao conselheiro das Comunidades
Portuguesas, natural de Fafe, Parcídio Peixoto, a oportunidade de apresentar
novamente um livro de sua autoria à comunidade emigrante. Realçando com emoção
o seu contentamento pela presença na sala de cerca de uma centena de patrícios
e conterrâneos, Daniel Bastos sublinhou o contributo estruturante da emigração
fafense na instituição, no concelho e no próprio fenómeno migratório
português.
A provedora
da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, que renovou os agradecimentos às
autoridades consulares e das comunidades pelo empenho na divulgação da história
da instituição, assegurou que a Misericórdia de Fafe, conta com a generosidade
da sociedade local e dos emigrantes fafenses para continuar a prestar no
concelho um papel de auxílio e de ajuda à comunidade. A principal
responsável da organização, que assegurou que a instituição tem apostado no
bem-estar dos seus utentes, evidenciando os significativos investimentos na
remodelação do Lar do Ex-Grémio, e a construção de um novo Lar no Outeiro,
possíveis através de candidaturas e do apoio do Município, é gerida por
princípios de solidariedade social.
Discurso - Maria das Dores Ribeiro João
O
provedor da Misericórdia de Paris, Joaquim Silva Sousa, que explanou o passado da Santa
Casa da Misericórdia de Paris, fundada no dia 13 de Junho de 1994, cuja missão
passa por promover toda a acção de assistência e de beneficência,
prioritariamente a favor dos portugueses residentes em França em situação de
carência material, moral ou afectiva, aventou a partilha de ideias e
experiências entre as Misericórdias de Fafe e de Paris, como reforço do
importante papel destas instituições no compromisso de cidadania e ética de
responsabilidade.
Discurso - Joaquim Silva Sousa
Por seu
lado, o presidente da Câmara Municipal de Fafe, José Ribeiro, que durante o
fim-de-semana formalizou em França a geminação
entre as cidades de Fafe, e a cidade de Sens, com o objectivo de
intensificar as relações entre as duas localidades, sobretudo na área da actividade
económica, elogiou o trabalho que Daniel Bastos tem desenvolvido no campo da História
de Fafe. Agradecendo ao Consulado Geral de Portugal em Paris o papel activo na
materialização do protocolo de geminação com a cidade de Sens, José Ribeiro, enalteceu
o papel meritório da Misericórdia de Fafe para com os que mais necessitam, um
trabalho a que o Município se tem associado através de apoio e colaboração
efectiva com a instituição.
Discurso - José Ribeiro
Paralelamente
à sessão de autógrafos do autor, decorreu uma prova de vinhos da Quinta de
Naíde, cujos produtos vitivinícolas se assumiram como um importante
cartão-de-visita do concelho de Fafe, e que conjuntamente com a degustação de queijos
portugueses e franceses promovida pela mestra queijeira, Aida Cerqueira, proporcionaram
um sabor característico e inconfundível à iniciativa cultural.
Autógrafos
Degustação de Vinhos e Queijos
Refira-se
ainda, que no final da manhã de sábado (dia 17 de Novembro), o historiador
Daniel Bastos, a provedora da Misericórdia de Fafe, Maria das Dores Ribeiro
João, e o conselheiro das comunidades, Parcídio Peixoto, foram entrevistados
pelo jornalista Carlos Vieira, da Rádio Alfa. Uma emissora privada que emite desde
1987 na Grande Paris para cerca de 800 mil portugueses e luso-descendentes,
onde foi aflorada a cultura e campo social da Misericórdia de Fafe, assim como
temáticas da actualidade concelhia e nacional, em que interveio igualmente, via
telefone, o autarca José Ribeiro.
Rádio Alfa
Rádio R.G.B.
Ainda
no final da manhã de domingo (dia 18 de Novembro), o historiador e a provedora
foram convidados pela jornalista portuguesa Aida Cerqueira, locutora da rádio
francesa R.G.B., no âmbito do programa Café Central, um espaço radiofónico
dedicado à Lusofonia, para uma entrevista – tertúlia que abordou a dimensão
sociocultural da Misericórdia de Fafe, e a Cultura de Solidariedade em
Portugal.
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