Com o aproximar do Dia de Todos os Santos, que é comemorado anualmente no dia 1 de novembro, um dia que é dedicado a homenagear todos os que já partiram, relembro o poema “o Relógio do Tempo” que simbolicamente evoca o tempo que passa para todos, e que integra o meu livro de poesia “Terra”, magnificamente ilustrado pelo mestre-pintor Orlando Pompeu.
Desenho - Orlando Pompeu |
O Relógio do Tempo
O relógio soa
E
nos induz, em tom mordaz,
A
recordar que uso fugaz
Fizemos do dia que escoa
Charles
Baudelaire, As Flores do Mal
O
relógio do tempo
não para,
avança
inexoravelmente
pontual
e fugaz
na
sucessão imanente
dos
dias e das noites.
O
relógio do tempo
não
anda para trás,
urge
e
não se compadece
que
o hoje, amanhã
seja
ontem.
Moldado
em horas
escoadas
em
minutos e segundos,
o
relógio do tempo
é
universal,
aplica
a todos por igual
a
sentença da vida
e da
morte,
a
todos destinada
por
todos desconhecida.
Daniel Bastos, “O
Relógio do Tempo”, in Terra.
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