As últimas décadas têm sido marcadas, no
seio das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, pela
consolidação e surgimento de um conjunto variado de órgãos de informação
lusófonos.
Nos formatos de jornal, revista, rádio,
televisão ou mais recentemente portal de informação, o aparecimento ou
reafirmação destes projetos de comunicação social são simultaneamente um sinal
evidente do dinamismo das comunidades portuguesas, assim como do papel
fundamental que os órgãos de informação desempenham na sociedade contemporânea
ao nível dos modos de vida, dos valores, das opiniões e da visão do mundo que
partilhamos.
Não deixa igualmente, no caso da
imprensa de língua portuguesa no mundo, de ser um evidente reflexo dos elevados
números da emigração lusitana, que fruto da falta de oportunidades de emprego
leva a que ciclicamente milhares encontrem fora de Portugal a oportunidade que
o país lhes negou.
É neste cenário de geografia global
que a imprensa lusófona num mundo em crescente mobilidade desempenha um papel
insubstituível e incontornável na promoção da língua, da cultura e da economia
nacional no estrangeiro, assim como do pulsar da vida das
sociedades em que está inserida.
Com incontáveis dificuldades, várias
vezes sem o devido reconhecimento do poder político das pátrias de origem ou de
acolhimento, e na maior parte dos casos sobrevivendo graças ao espírito de
carolice dos seus diretores, colaboradores, leitores e empresários mecenas, com
mais ou menos dificuldades expostas pelas crises económicas, a tudo isto a
imprensa lusófona vai resistindo e renovando-se dando um exemplo, genuíno de
altruísmo e serviço em prol de uma informação de proximidade que constrói
pontes entre povos, dilui a saudade e a distância, fortalece a identidade
cultural e projeta Portugal no Mundo.
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