Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Daniel Bastos participa em obra coletiva sobre Hospitais e Saúde entre Brasil e Portugal


No final do ano passado, a editora Fiocruz, que concentra a maior parte dos lançamentos da Fundação Oswaldo Cruz, a mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, e uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública, localizada no Rio de Janeiro, lançou o livro “Hospitais e Saúde no Oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal”. 
 
Daniel Bastos
A obra coletiva de referência na área da História e Saúde é o resultado de um conjunto de trabalhos elaborados por investigadores luso-brasileiros sobre arquitetura, urbanismo, património cultural e saúde no séc. XIX. Ao longo dos sete capítulos do livro, os cientistas sociais luso-brasileiros revisitam a benemérita rede de dezenas de associações de beneficência, que emigrantes portugueses na transição do séc. XIX para o séc. XX construíram em várias cidades brasileiras, principal destino da emigração lusa na época, que originalmente se destinavam à ajuda mútua entre os sócios, membros da comunidade portuguesa, e que ainda hoje são instituições de referência no Brasil e na América do Sul.

Um desses capítulos, designadamente “O Hospital da Misericórdia de Fafe e a Contribuição da Benemerência Brasileira em Portugal no Século XIX” , é assinado, pelo historiador fafense Daniel Bastos, cujo percurso tem sido alicerçado junto das comunidades portuguesas. 

No decurso do seu contributo historiográfico, Daniel Bastos destaca o concelho de Fafe como uma construção contemporânea dos “brasileiros de torna-viagem”, enquadrando o Hospital da Misericórdia de Fafe, que desempenha e ocupa um papel estruturante no campo social local, como uma obra paradigmática da benemerência brasileira na segunda metade do século XIX, gizada a partir do modelo arquitetónico da “Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro”. 
 
Capa do livro
Refira-se que Daniel Bastos é autor do livro “Santa Casa da Misericórdia de Fafe – 150 anos ao Serviço da Comunidade”, e que a obra  “Hospitais e Saúde no Oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal” tem previsto ao longo do ano sessões de apresentação no território brasileiro e português.

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