Quando
se aproxima o 41.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, também
conhecida como Revolução dos Cravos, uma data de viragem para Portugal que pôs
fim ao Estado Novo e abriu caminho para a democracia e a liberdade, revivo o
poema que escrevi no meu recente livro de poesia “Terra”, intitulado “Aurora de
Abril”, magnificamente ilustrado pelo artista plástico Orlando Pompeu, e que
partilho com todos que comungam dos ideais de Abril.
Aurora de Abril
Floriste nos cravos
vermelhos de abril,
brandindo as fardas
da ditosa revolução
sublevada em canção,
prenúncio primaveril
da almejada liberdade
que durante o negrume
da tirania se exprobrou,
mas que toda uma nação
- o valoroso povo luso
exaurido pela tragédia
e a pérfida soberba
do orgulhosamente sós -
singelamente conquistou.
Cumpra-se Abril então!
in Daniel Bastos, Terra, Editora Converso, 2014
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