No
decurso da presente legislatura, o Governo tem aprovado em sede de Conselho de
Ministros um conjunto significativo de medidas direcionadas às Comunidades Portuguesas,
que têm procurado por um lado, modernizar e otimizar a rede consular, e por
outro lado, estreitar e cimentar as relações entre Portugal e a sua Diáspora.
Enquadram-se
nesta linha de ação política, onde tem assumido papel de destaque o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, a entrada em
funcionamento do “Espaço do Cidadão”, em
Paris e em
São Paulo, consulados onde são
realizados anualmente cerca de 400 mil
atos consulares; a app “Registo Viajante”, já descarregada por cerca de 10 mil
pessoas; a criação da plataforma de ensino da língua portuguesa à distância,
denominada “Português Mais Perto”, numa parceria entre o Instituto Camões e a
Porto Editora; o recenseamento automático dos portugueses
residentes no estrangeiro; e a alteração
da lei da nacionalidade que pode ser atribuída a netos
de portugueses nascidos no estrangeiro.
É na
esteira dessas medidas, que se enquadra o ato de inscrição
única consular, uma recente experiência-piloto que o Governo lançou no
Consulado Geral de Portugal em Barcelona, e que tem como principal objetivo
facilitar a realização de atos consulares dos emigrantes e reduzir redundâncias
dos registos. Com este projeto, que o Governo quer estender a todos os postos
consulares até 2019, os emigrantes passam a ter de se inscrever nos consulados
das regiões para onde emigraram apenas uma vez, deixando de ter de fazer novas
inscrições sempre que mudam de morada, como acontece atualmente.
Revendo-me
naturalmente na prossecução deste conjunto de medidas empreendidas pelo Governo,
dado o explícito reconhecimento e importância que as mesmas conferem às
comunidades portuguesas, não posso deixar de reiterar a necessidade imperiosa
das mesmas serem acompanhadas a curto e médio prazo de outras medidas de maior
envolvência e participação política dos portugueses residentes no estrangeiro. Nesse
conjunto de decisões para as Comunidades Portugueses, que o Governo tem que
assumir definitivamente com frontalidade e determinação politica, encontram-se
a introdução do voto eletrónico para os emigrantes, e o aumento do número de
deputados eleitos pelos círculos da emigração, decisões políticas que são
fundamentais para reforçar a igualdade entre os portugueses residentes no país
e os que vivem no estrangeiro.
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