Na
recente apresentação do boletim económico de maio pelo Banco de Portugal, a
instituição que tem como missão essencial a manutenção da estabilidade dos
preços e a promoção da estabilidade do sistema financeiro nacional, realçou o
crescimento no ano transato da economia portuguesa, que na ótica da instituição
tem revelado capacidade de ajustamento macroeconómico e uma reestruturação
setorial assente numa dinâmica de internacionalização das empresas.
No
conjunto dos contributos positivos, elencados pela instituição, que impulsionaram
o crescimento da economia nacional, destaca-se a subida pelo quinto ano
consecutivo das remessas dos emigrantes, que desde a crise de 2011 subiram 38%,
isto é, enviaram para Portugal mais 913 milhões de euros.
Embora as remessas oriundas da Alemanha, Angola e
Suíça tenham até diminuído, a que não é alheio no caso destes últimos dois
países, respectivamente,
a queda do
preço do petróleo e questões cambiais, segundo o Banco de Portugal o fluxo de
remessas aumentou impulsionado pelas transferências provenientes de França,
EUA, Reino Unido e, em menor grau, de Espanha e Luxemburgo.
Tradicional destino
da emigração portuguesa, a França continua a liderar e a contribuir
decisivamente para o fluxo de remessas, que subiram 12% no último
ano e atingiram os 1123 milhões de euros, equivalendo a 33% do total. No ano do
Brexit, cujo impacto ainda é desconhecido no seio da comunidade portuguesa, o
dinheiro enviado do Reino Unido subiu 12% face a 2015, chegando aos 285 milhões
de euros, e no caso dos Estados Unidos, aumentou 16% para os 243 milhões de
euros.
Desconsiderados
em vários casos por responsáveis económicos e políticos do nosso país, inclusivamente
pela instituição liderada por Carlos Costa, veja-se as centenas de emigrantes
lesados do BES e do BANIF, o boletim económico de maio apresentado pelo Banco
de Portugal mostra que os emigrantes continuam a desempenhar um papel
fundamental no desenvolvimento de Portugal. Assumindo-se como fautores do
progresso e promoção de qualidade de vida nos seus territórios de origem e destino,
os emigrantes portugueses funcionam igualmente como elos fundamentais na
internacionalização e valorização das empresas e produtos nacionais.
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