No
passado dia 20 de novembro, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS)
promoveu no âmbito do Mês da Educação e da Ciência 2017, uma conferência
subordinada ao tema “Ciência portuguesa pelo mundo”, que teve como principal
missão dar resposta às questões “Quantos são e onde estão os cientistas
Portugueses espalhados pelo mundo? Quem são e em que áreas de investigação
trabalham?”.
No
decurso do encontro que decorreu no Observatório Astronómico de Lisboa, foi
realizada uma breve apresentação do mapa e dos números da diáspora científica
portuguesa, a partir da rede GPS – Global Portuguese Scientists. Uma iniciativa
da FFMS, concretizada através de uma colaboração com a Agência Nacional para a
Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva, a Universidade de Aveiro e a
Altice Labs.
Atualmente,
a rede GPS que tem como parceiros várias associações de portugueses com
qualificações superiores residentes no estrangeiro, como a Associação de
Pós-Graduados Portugueses na Alemanha (ASPPA), a Association des Diplômés
Portugais en France (AGRAFr), a Portuguese American Post-graduate Society (PAPS),
a Portuguese Association of Researchers and Students in The UK (PARSUK) e a
Native Scientists, agrega 3.315 membros e possui inscritos 1.748 cientistas
portugueses que tiveram estadas no estrangeiro de mais de três meses, podendo
estar presentemente em Portugal ou não.
Segundo
os dados apresentados, os portugueses estão disseminados por 84 nações, sendo
que a maioria encontra-se no Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França,
Holanda e Espanha. A informação agora divulgada esboça ainda um retrato do “cientista
tipo” da diáspora lusa, que em média é uma
mulher investigadora doutorada da área das Ciências Naturais, de 36 anos, que
passa 38 meses no Reino Unido.
Os
dados contidos nesta plataforma dinâmica e em constante atualização, não deixando
de acentuar a problemática da emigração qualificada portuguesa, que não
encontrando oportunidades de trabalho e de estabilidade no país opta pelo
estrangeiro para auferir melhores condições de vida pessoal e laboral, revelam
simultaneamente as enormes potencialidades de colaborações científicas e
interações socioeconómicas que se abrem a Portugal por via destes importantes
ativos espalhados pelos quatro cantos do mundo.
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