No próximo
dia 18 de outubro (sexta-feira), é apresentado em Fafe, o livro “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em
Portugal”.
A
obra, concebida pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio singular de
Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia humanista, é apresentada
às 21h00 no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe.
A
apresentação do livro, uma edição trilingue com tradução de Paulo Teixeira, e prefácio
do coronel Vasco Lourenço, Presidente da Direção da
Associação 25
de Abril, estará a cargo do advogado e comentador, Luís Marques Mendes.
Neste
livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, uma das instituições de
referência do Portugal democrático, é revelada uma parte pouco conhecida do
espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa em França
nos anos 60 e 70, mas que foi também um espectador privilegiado da
explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril
de 1974.
Através de imagens até aqui praticamente inéditas, a
obra aborda factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a
celebração do Dia do Trabalhador na capital portuguesa. Designadamente,
a chegada
do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao
Aeroporto de
Lisboa, a emoção do reencontro de presos políticos e exilados com as suas
famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações
efusivas do 1.º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história
portuguesa.
![]() |
Contra-capa |
Segundo
Vasco Lourenço, este livro ilustrado pela lente humanista de Bloncourt,
fotógrafo que foi condecorado com a ordem de Comendador da Ordem do Infante D.
Henrique, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as
comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que
decorreram em junho de 2016 em Paris. E cujas fotografias sobre a emigração
portuguesa integram o espólio do Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe,
constitui uma viagem ao “tempo dos sonhos cheios de esperança,
da afirmação da cidadania, da construção de uma sociedade mais livre e mais
justa, do fim e do regresso de uma guerra sem sentido com a ajuda ao nascimento
de novos países independentes, onde a língua portuguesa continuou a ser o
principal factor congregador”.
Refira-se
que a edição da obra deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas da diáspora,
e que esta sessão que será abrilhantada pelo cantor Carlos Miguel antecede a
cerimónia de homenagem pública que a comunidade portuguesa em França vai
realizar no dia 26 de outubro, no Museu Nacional
da História da Imigração em Paris,
no âmbito do primeiro aniversário do
falecimento de Gérald Bloncourt.
Sem comentários:
Enviar um comentário