Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Livro sobre Gérald Bloncourt e o nascimento da democracia portuguesa apresentado em Fafe


No próximo dia 18 de outubro (sexta-feira), é apresentado em Fafe, o livro Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”.

A obra, concebida pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio singular de Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia humanista, é apresentada às 21h00 no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe.
 
O historiador Daniel Bastos (ao centro) foi em 2015 o responsável pela realização do livro de Gérald Bloncourt (dir.) “O olhar de compromisso com os filhos dos Grandes Descobridores”, que retrata a emigração portuguesa para França nos anos 60 e 70, e que contou com prefácio de Eduardo Lourenço e tradução de Paulo Teixeira (esq.)

A apresentação do livro, uma edição trilingue com tradução de Paulo Teixeira, e prefácio do coronel Vasco Lourenço, Presidente da Direção da Associação 25 de Abril, estará a cargo do advogado e comentador, Luís Marques Mendes. 
 
Convite
Neste livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, uma das instituições de referência do Portugal democrático, é revelada uma parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa em França nos anos 60 e 70, mas que foi também um espectador privilegiado da explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril de 1974. 
 
Cartaz
Através de imagens até aqui praticamente inéditas, a obra aborda factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a celebração do Dia do Trabalhador na capital portuguesa. Designadamente, a chegada do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas do 1.º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.
 
Capa do livro

Contra-capa

Segundo Vasco Lourenço, este livro ilustrado pela lente humanista de Bloncourt, fotógrafo que foi condecorado com a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreram em junho de 2016 em Paris. E cujas fotografias sobre a emigração portuguesa integram o espólio do Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe, constitui uma viagem ao “tempo dos sonhos cheios de esperança, da afirmação da cidadania, da construção de uma sociedade mais livre e mais justa, do fim e do regresso de uma guerra sem sentido com a ajuda ao nascimento de novos países independentes, onde a língua portuguesa continuou a ser o principal factor congregador”.
 
Apoios
Refira-se que a edição da obra deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas da diáspora, e que esta sessão que será abrilhantada pelo cantor Carlos Miguel antecede a cerimónia de homenagem pública que a comunidade portuguesa em França vai realizar no dia 26 de outubro, no Museu Nacional da História da Imigração em Paris, no âmbito do primeiro aniversário do falecimento de Gérald Bloncourt.



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