Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

sábado, 25 de abril de 2020

Aurora de Abril


Em tempos de isolamento social e em que a imaginação e criatividade são ferramentas essenciais para ultrapassarmos estes dias adversos, revivo hoje, dia 25 de abril, Dia da Liberdade comemorado em Portugal, o desenho e o poema “Aurora de Abril”, que fazem parte do livro “Terra”, uma breve incursão que encetei há poucos anos no campo da poesia, e que foi magnificamente ilustrado pelo mestre-pintor Orlando Pompeu.


Aurora de Abril

Floriste nos cravos
vermelhos de abril,
brandindo as fardas
da ditosa revolução
sublevada em canção,
prenúncio primaveril
da almejada liberdade
que durante o negrume
da tirania se exprobrou,
mas que toda uma nação
- o valoroso povo luso
exaurido pela tragédia
e a pérfida soberba
do orgulhosamente sós -
singelamente conquistou.
Cumpra-se Abril então!

Daniel Bastos, “Aurora de Abril”, in Terra (2014).

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