Natural
da vila de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, Fernando Cruz Gomes, iniciou nos finais dos anos 50
a sua vida
profissional como jornalista, no vetusto “Primeiro de
Janeiro”, um jornal diário que se publicou na cidade do Porto. Mas
foi em solo africano, mais concretamente em Angola, antiga província
ultramarina portuguesa, onde residiu durante 25 anos, que o seu trabalho
jornalístico ganhou amplitude e profundidade, através do desempenho de funções em
diversos meios de comunicação, jornais e rádios, como o "ABC Diário de
Angola", a "Rádio Eclésia", no diário de Luanda "O
Comércio", "A Província de Angola" (atual “Jornal de Angola”),
no "Rádio Clube de Benguela" e na "Emissora Oficial de
Angola".
No
início da Guerra do Ultramar em Angola, a 15 de março de 1961, Fernando Cruz
Gomes, chegou a acompanhar sozinho os combates entre as Forças Armadas
Portuguesas e os Movimentos de Libertação deste território da costa ocidental
de África. Durante o seu percurso jornalístico por terras africanas, o
profissional de comunicação social, foi ainda presidente da secção de Angola do
Sindicato Nacional de Jornalistas, onde se manteve até finais de 1974.
A sua chegada ao Canadá ocorreu em 1975, ano
do conturbado processo de descolonização. Na nova pátria de adoção, foi fundador e diretor
de jornais comunitários, como "Popular", "Comércio",
"Mundo", ABC Portuguese Canadian Newspaper e
"A Voz", e editor e repórter na CIRV Rádio e na
FPTV.
As
suas multifacetadas funções jornalísticas em Toronto, inclusive de
correspondente durante vários anos da Lusa, foram fundamentais para a promoção
e conhecimento da língua, cultura e pulsar da comunidade luso-canadiana. E
estiveram na base do justíssimo reconhecimento de que foi alvo em 2014, com a
atribuição da Ordem do Infante D. Henrique pelos serviços relevante que prestou
à pátria de Camões.
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