O
início do presente mês de fevereiro assinalou o arranque da 6.ª edição do
iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes, um dos eventos
culturais mais importantes de Portugal que decorre até 3 de março.
O historiador Daniel Bastos (dir.),
acompanhado do fotógrafo Pereira Lopes, organizador do festival iNstantes, no
decurso da conferência da homenagem a Gérald Bloncourt
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Enriquecendo-se
com diversas propostas dentro do mundo da fotografia artística, conceptual e de
autor, a iniciativa cultural promove este ano 26 exposições de fotógrafos de 11
países (Portugal, Espanha, Brasil, Colômbia, França, Suíça, Grécia, Roménia, Haiti,
Indonésia e Macau).
No
conjunto dos trabalhos patentes, destaca-se a exposição “O Olhar de Compromisso
com os Filhos dos Grandes Descobridores”, do fotógrafo Gérald Bloncourt, um dos
grandes nomes da fotografia humanista, recentemente falecido em Paris, e cujas imagens
imortalizam a história da emigração portuguesa para França.
No
decurso da programação do festival, o trabalho e percurso de vida do fotógrafo
franco-haitiano, que nas Comemorações do 10 de Junho de 2016 em Paris recebeu
do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, foi no dia 8 de fevereiro homenageado
através de uma conferência proferida pelo historiador Daniel Bastos. O investigador da nova geração
de historiadores lusos, caraterizou Gérald Bloncourt como “uma
personalidade ímpar que durante
várias décadas do séc. XX fotografou a vida dos descendentes dos grandes descobridores do mundo, em França e
em Portugal. Um homem que amou e honrou os portugueses”.
Refira-se,
que o historiador cujo percurso tem sido alicerçado no seio das comunidades
portuguesas, e que em 2016 lançou
o livro sobre a emigração portuguesa em França a
partir do espólio de Gérald Bloncourt, está neste momento a ultimar uma nova obra
sobre o consagrado fotógrafo dedicado a um outro período marcante da história
contemporânea portuguesa. Designadamente a Revolução de Abril de 1974 da qual
Bloncourt foi um espectador privilegiado, e cujas imagens praticamente inéditas
revisitam a génese da democracia portuguesa, estando o lançamento oficial marcado
para abril e maio deste ano no território nacional e lusófono.
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