No
início do mês de março assinalaram-se os 60 anos da estação pública de
televisão, cuja existência e percurso constitui um elo fundamental na memória
de várias gerações de portugueses.
Remontando
as emissões regulares da RTP – Rádio Televisão Portuguesa a 7 de março de 1957,
data simbólica do seu nascimento, a estação pública de televisão, que
atualmente além da televisão espraia-se ainda pela rádio e online, é detentora de uma história e património singular, fruto do
seu impacto na vida coletiva dos portugueses, qual janela aberta para o mundo
por onde passaram, e continuam a passar, vários acontecimentos e notícias
importantes, algumas das séries e programas de referência.
Na
sua missão de serviço público pago pelos contribuintes, e assumindo-se como um
instrumento estruturante para o desenvolvimento social, cultural e económico do
país, a relação da estação pública de televisão com as comunidades emigrantes e
a lusofonia, estende-se preferencialmente através dos canais RTP Internacional
e RTP África, além da RDP Internacional, uma rádio de eleição para as
comunidades portuguesas e os lusofalantes.
Mesmo
ao nível do canal generalista, ou seja, da RTP 1, temos assistido nos últimos anos
a uma maior abertura e atenção ao fenómeno da emigração, como é o caso por
exemplo, da transmissão desde 2010 da série “Portugueses no Mundo”, que segue
compatriotas residentes no estrangeiro, e a sua ligação e quotidiano nos
diferentes países de acolhimento.
Transmitida
inicialmente aos sábados em horário nobre, as restantes temporadas foram
sujeitas a mudanças do horário e exibição para domingo e quinta-feira, o que é
exemplificativo da necessidade de ser atribuído decisivamente às comunidades
portuguesas, o seu espaço e devida importância no seio da programação do canal
generalista.
A difusão
de programação variada e de qualidade sobre as comunidades portuguesas no
Mundo, é não só um dever da missão de serviço público que a RTP 1 deve
prosseguir, e ajustar à grelha de horário nobre, mas também um
requisito necessário para se estabelecer uma ligação efetiva entre Portugal e os
cidadãos residentes no estrangeiro.
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