No
passado sábado (17 de março), o historiador português Daniel Bastos apresentou
o seu mais recente livro “Terras de Monte Longo” na capital francesa.
A
obra, concebida a partir do espólio de um dos mais aclamados fotógrafos
portugueses da sua geração, José de Andrade (1927-2008), fotógrafo de renome internacional,
premiado e exposto em vários cantos do mundo, foi apresentada no
Portologia, um dos novos espaços de referência da comunidade portuguesa em
Paris.
A
apresentação da obra, uma edição trilingue traduzida para português, francês e
inglês com prefácio do conhecido fotógrafo
franco-haitiano que imortalizou a história da emigração portuguesa, Gérald
Bloncourt, esteve a cargo do empresário português radicado em Paris, Manuel
Pinto Lopes, e do deputado eleito pelo do círculo da Europa, Paulo Pisco.
No
decurso da sessão de apresentação, que contou com a colaboração da Associação
Memória das Migrações, o empresário Manuel Pinto Lopes destacou o contributo do
livro na valorização do passado e memória coletiva do interior
norte de Portugal, enquanto o deputado Paulo Pisco, salientou o percurso
dedicado e próximo do historiador Daniel Bastos na promoção das Comunidades
Portuguesas.
Refira-se
que neste novo livro, realizado com o apoio do Centro Português de Fotografia,
instituição pública que assegura a conservação, valorização e proteção legal do
património fotográfico nacional, o investigador da nova geração de historiadores portugueses, cujo percurso tem sido alicerçado no
seio da Lusofonia, esboça um retrato histórico conciso e ilustrado do interior norte de Portugal em meados dos
anos 70.
Através de imagens até aqui inéditas, que José de
Andrade captou nessa época em povoados rurais entre o Minho e Trás-os-Montes, o historiador e autor de livros sobre a emigração, aborda as
memórias do passado, não muito distante, do Portugal profundo e rural na transição
da ditadura para a democracia, um período
fundamental da história contemporânea portuguesa, marcado por décadas de
carências, isolamento, condições de vida duras e incontáveis episódios de
emigração “a salto”.
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