Hoje,
dia 27 de Janeiro de 2015, ano em que se comemora o septuagésimo aniversário do
final da II Guerra Mundial, decorrem também os mesmos 70 anos da libertação do
campo de concentração de Auschwitz, símbolo do maior crime cometido contra a
Humanidade. Em memória de todos aqueles que padeceram a crueldade hedionda do nazismo, partilho o poema que escrevi no meu recente livro de
poesia “Terra”, intitulado “Relembrar Auschwitz”, magnificamente ilustrado pelo
artista plástico Orlando Pompeu, com todos para que nunca mais
voltem “as cinzas da história que nunca devíamos ter deixado acontecer”.
Relembrar Auschwitz
Vagueiam nus
em Auschwitz,
perdidos
no silêncio infame,
os corpos dos nossos irmãos
aguardando disformes
o prenúncio da morte.
Arrastam-se lentamente
presos num corpo despojado
de dignidade que já foi seu.
Imploram aos carcereiros
obreiros da iniquidade,
alivio para a dor lancinante
que dilacera as entranhas
da humanidade.
Erguem-se em Auschwitz
as vozes dos inocentes
que padeceram a crueldade
hedionda do Holocausto.
Repousam em Auschwitz
as cinzas da história
que nunca devíamos
ter deixado acontecer!
Autor - Daniel Bastos, in Terra
Pintor – Orlando Pompeu, in Terra
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