Na
passada sexta-feira à noite (13 de março), o historiador Daniel Bastos
apresentou o seu mais recente livro “Terras de Monte Longo” na capital do
Minho.
A
obra, concebida a partir do espólio de um dos mais aclamados fotógrafos
portugueses da sua geração, José de Andrade (1927-2008), fotógrafo de
renome internacional, premiado e exposto em vários cantos do mundo, foi
apresentada no fórum da FNAC em Braga.
A
apresentação da obra, uma edição trilingue traduzida para português, francês e
inglês com prefácio do conhecido fotógrafo
franco-haitiano que imortalizou a história da emigração portuguesa, Gérald
Bloncourt, esteve a cargo do deputado Joaquim Barreto, presidente da Comissão
Permanente de Agricultura e Mar da Assembleia da República.
No
decurso da sessão de apresentação, o deputado Joaquim Barreto, presidente da
Comissão Permanente de Agricultura e Mar da Assembleia da República, enalteceu
as raízes do investigador da nova geração de historiadores portugueses à
terra onde nasceu e que alimentam o entusiasmo do seu trabalho. Segundo Joaquim
Barreto, o novo livro concebido e realizado por Daniel Bastos representa uma
valorização da memória coletiva do
interior norte de Portugal, preservando um passado de tradições expresso
nas suas gentes, cultura, usos e costumes, assim como na ruralidade e
genuinidade das suas povoações.
Refira-se
que neste novo livro, realizado com o apoio do Centro Português de Fotografia,
instituição pública que assegura a conservação, valorização e proteção legal do
património fotográfico nacional, o historiador minhoto,
cujo percurso tem sido alicerçado das Comunidades Portuguesas, esboça um
retrato histórico conciso e ilustrado do interior
norte de Portugal em meados dos anos 70.
Através de imagens até aqui inéditas, que José de
Andrade captou nessa época em povoados rurais entre o Minho e Trás-os-Montes, o
historiador e autor de livros sobre a emigração, aborda
as memórias do passado, não muito distante, do Portugal profundo e rural na transição da ditadura para a democracia,
um período fundamental da história contemporânea portuguesa, marcado por
décadas de carências, isolamento, condições de vida duras e incontáveis
episódios de emigração “a salto”.
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