No
início do mês passado assinalaram-se os 164 anos do nascimento de John Philip Sousa, insigne compositor
e maestro de banda luso-americano, do romantismo tardio, popularmente conhecido
como “O Rei das Marchas”, como The
Stars and Stripes Forever, marcha oficial dos Estados Unidos.
John Philip Sousa nasceu em Washington,
a 6 de novembro de 1854, terceiro dos dez filhos do português João António
Sousa e de uma austríaca, Marie Elisabeth Trinkaus, a sua precoce vocação
musical levou a que ainda muito jovem se iniciasse nos estudos musicais,
tocando violino, e aprendendo composição musical.
Em
1892, o musicógrafo luso-americano apresentou, em New Jersey, a sua própria
banda, a “Sousa Band”, encetando um percurso musical fulgurante. Desde essa
data até à década de 1930, realizou mais de quinze mil concertos, sendo que no
ocaso do séc. XIX a sua banda representou os Estados Unidos da América na
Exposição Universal de Paris.
Antes
em 1888, tinha já composto a marcha “Semper Fidelis” que foi adotada como marcha
oficial do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América. A 14 de maio de 1897, em Filadélfia, no decurso da inauguração solene de
uma estátua de George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos da América, em que
esteve presente o presidente norte-americano dessa época, William McKinley, foi tocada pela primeira vez em público a marcha
intitulada The Stars and Stripes Forever (Estrelas e Barras para
Sempre), considerada a obra-prima do luso-americano, e que mereceu as
honras, por lei do Congresso dos Estados Unidos, de marcha nacional do país.
Afamado compositor e maestro, John Philip Sousa, escreveu
também obras poéticas, de ficção, manuais, crónicas jornalísticas e uma
autobiografia, tendo inclusivamente idealizado um instrumento de sopro da
família dos metais, o Sousafone, uma tuba especial que o executante apoia no
ombro para que possa executá-la enquanto anda ou marcha, e que é o maior dos
instrumentos de sopro. John Philip de Sousa, que faleceu no dia 6 de março de
1932, e foi sepultado com honras oficiais em Washington, no Cemitério
do Congresso, é meritoriamente uma das figuras luso-americanas de maior
destaque na cultura e história norte-americana.
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