No próximo
dia 31 de maio (sexta-feira), é apresentado em Bruxelas o livro “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em
Portugal”.
A
obra, concebida pelo historiador português Daniel Bastos a partir do espólio de
Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes mundiais da fotografia humanista,
recentemente falecido na capital francesa, é apresentada às 18h30 na livraria portuguesa em Bruxelas “La Petite Portugaise”.
A
apresentação da obra, uma edição trilingue (português, francês e inglês) prefaciada
pelo coronel Vasco Lourenço, presidente da Direção da Associação 25 de Abril, estará
a cargo do deputado eleito pelo círculo da emigração na Europa, Paulo Pisco.
Neste
novo livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, uma das
instituições de referência do Portugal democrático, Daniel Bastos revela uma
parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa nos anos 60 e 70,
mas que foi também um espectador privilegiado da explosão de liberdade
que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Através de imagens até aqui praticamente inéditas, o
investigador
cujo percurso tem sido
alicerçado no seio da Lusofonia, aborda factos históricos que medeiam a
Revolução dos Cravos e a celebração do Dia do Trabalhador na capital
portuguesa. Designadamente,
a chegada
do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao
Aeroporto de
Lisboa, a emoção do reencontro de presos políticos e exilados com as suas
famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações
efusivas do 1.º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história
portuguesa.
A publicação
do livro, que contou com a colaboração de Isabelle Repiton, viúva de Gérald
Bloncourt, e é enriquecida com memórias e testemunhos do fotojornalista
franco-haitiano, representa cerca de meio século após a Revolução de Abril um
novo contributo e oportunidade para revisitar a génese da democracia
portuguesa.
Segundo
Vasco Lourenço, esta obra ilustrada pela lente humanista de Bloncourt,
fotógrafo que em 2016 foi agraciado pelo Presidente República Portuguesa com a
Ordem do Infante D. Henrique, constitui uma viagem ao “tempo dos sonhos cheios de esperança, da afirmação da cidadania, da
construção de uma sociedade mais livre e mais justa, do fim e do regresso de uma
guerra sem sentido com a ajuda ao nascimento de novos países independentes,
onde a língua portuguesa continuou a ser o principal factor congregador”.
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