Na
passada quinta-feira (2 de maio), foi apresentada na capital francesa o livro “Gérald Bloncourt – Dias de
Liberdade em Portugal”.
A
obra, concebida e realizada pelo historiador fafense Daniel Bastos a partir do
espólio fotográfico de Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia
humanista recentemente falecido em Paris, e prefaciada pelo coronel Vasco
Lourenço, presidente da Direção da Associação 25 de Abril, foi apresentada no
Consulado Geral de Portugal em Paris.
No
decurso da sessão muito concorrida, que contou com a presença da viúva do
perecido fotógrafo franco-haitiano, a jornalista francesa Isabelle Bloncourt, e
de representantes da comunidade e diplomacia portuguesa em terras gaulesas,
como o Embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira,
e o Cônsul-Geral de Portugal em Paris, António Albuquerque Moniz, assim como do
Vereador da Cultura do Município de Fafe, Pompeu Martins, concelho onde se
encontra sediado o Museu
das Migrações e das Comunidades, que alberga mais de uma centena de fotografias
do fotógrafo franco-haitiano sobre a emigração lusa, todos foram
unânimes em considerar que este novo livro sobre Gérald Bloncourt revela que o
mesmo “foi um espetador privilegiado dos primeiros dias de liberdade em Portugal”,
considerando que o trabalho do fotógrafo sobre este período é “uma pequena
cápsula do tempo da história portuguesa preservada”.
Neste
novo livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, Daniel Bastos revela
uma parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa, mas
que retratou também a explosão de liberdade que tomou conta do país após
a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Através de imagens até aqui praticamente inéditas, o
historiador
cujo percurso tem sido alicerçado no seio da Lusofonia,
aborda factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a celebração do
Dia do Trabalhador na capital portuguesa. Designadamente, a
chegada do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do reencontro de
presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter pacífico e
libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas do 1.º de
Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.
Refira-se
que o lançamento da obra na capital francesa incluiu uma prova de vinho verde,
promovida pelos Vinhos Norte, um dos maiores produtores nacionais de vinho
verde que procura aliar a tradição de fazer vinho com a inovação no sector. E
que o mesmo abrangeu ainda na tarde de 4 de maio (sábado), através de uma
parceria com a Associação Memória das Migrações, presidida pelo dirigente
associativo fafense Parcídio Peixoto, uma sessão de apresentação do livro na
Livraria Portuguesa & Brasileira de Paris.
Uma
livraria de referência, junto ao Panteão
de Paris, não só sobre Portugal e o Brasil, mas também sobre todo o
mundo lusófono, onde pode ser adquirida a obra, assim como outros livros
assinados pelo investigador da nova geração de
historiadores lusos.
Refira-se
que a edição da obra deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas da
diáspora que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio
à cultura. E que no dia 31 de maio, às 18h30, o livro será apresentado em
Bruxelas, na livraria portuguesa “La petite portugaise”, um espaço cultural de
referência da comunidade luso-belga na capital da Europa.
Créditos fotográficos - © D A Jaques Rib
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