Morgado de Fafe

O Morgado de Fafe, personagem literária consagrada na obra camiliana, demanda uma atitude proativa perante o mundo. A figura do rústico morgado minhoto marcada pela dignidade, honestidade, simplicidade e capacidade de trabalho, assume uma contemporaneidade premente. Nesse sentido este espaço na blogosfera pretende ser uma plataforma de promoção de valores, de conhecimento e de divulgação dos trabalhos, actividades e percurso do escritor, historiador e professor minhoto, natural de Fafe, Daniel Bastos.

domingo, 5 de maio de 2019

Daniel Bastos apresentou novo livro sobre Gérald Bloncourt e o nascimento da democracia portuguesa em Paris


Na passada quinta-feira (2 de maio), foi apresentada na capital francesa o livro Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”.
 
O historiador Daniel Bastos (ao centro.), na sessão de apresentação do livro Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”, no Consulado Geral de Portugal em Paris, ladeado da jornalista Isabelle Bloncourt, do livreiro e editor João Heitor, do empresário natural de Fafe, Manuel Pinto Lopes, e do tradutor fafense Paulo Teixeira

A obra, concebida e realizada pelo historiador fafense Daniel Bastos a partir do espólio fotográfico de Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia humanista recentemente falecido em Paris, e prefaciada pelo coronel Vasco Lourenço, presidente da Direção da Associação 25 de Abril, foi apresentada no Consulado Geral de Portugal em Paris.

No decurso da sessão muito concorrida, que contou com a presença da viúva do perecido fotógrafo franco-haitiano, a jornalista francesa Isabelle Bloncourt, e de representantes da comunidade e diplomacia portuguesa em terras gaulesas, como o Embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira, e o Cônsul-Geral de Portugal em Paris, António Albuquerque Moniz, assim como do Vereador da Cultura do Município de Fafe, Pompeu Martins, concelho onde se encontra sediado o Museu das Migrações e das Comunidades, que alberga mais de uma centena de fotografias do fotógrafo franco-haitiano sobre a emigração lusa, todos foram unânimes em considerar que este novo livro sobre Gérald Bloncourt revela que o mesmo “foi um espetador privilegiado dos primeiros dias de liberdade em Portugal”, considerando que o trabalho do fotógrafo sobre este período é “uma pequena cápsula do tempo da história portuguesa preservada”.

Neste novo livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, Daniel Bastos revela uma parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa, mas que retratou também a explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril de 1974. 

Através de imagens até aqui praticamente inéditas, o historiador cujo percurso tem sido alicerçado no seio da Lusofonia, aborda factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a celebração do Dia do Trabalhador na capital portuguesa. Designadamente, a chegada do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas do 1.º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.

Refira-se que o lançamento da obra na capital francesa incluiu uma prova de vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte, um dos maiores produtores nacionais de vinho verde que procura aliar a tradição de fazer vinho com a inovação no sector. E que o mesmo abrangeu ainda na tarde de 4 de maio (sábado), através de uma parceria com a Associação Memória das Migrações, presidida pelo dirigente associativo fafense Parcídio Peixoto, uma sessão de apresentação do livro na Livraria Portuguesa & Brasileira de Paris. 

Uma livraria de referência, junto ao Panteão de Paris, não só sobre Portugal e o Brasil, mas também sobre todo o mundo lusófono, onde pode ser adquirida a obra, assim como outros livros assinados pelo investigador da nova geração de historiadores lusos.

Refira-se que a edição da obra deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas da diáspora que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio à cultura. E que no dia 31 de maio, às 18h30, o livro será apresentado em Bruxelas, na livraria portuguesa “La petite portugaise”, um espaço cultural de referência da comunidade luso-belga na capital da Europa.













 

Créditos fotográficos - © D A Jaques Rib

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