No
passado sábado (22 de junho), foi apresentada em Toronto, a maior cidade do
Canadá, o livro “Gérald
Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”.
A
obra, concebida e realizada pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio fotográfico
de Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia humanista recentemente
falecido em Paris, e prefaciada pelo coronel Vasco Lourenço, presidente da
Direção da Associação 25 de Abril, foi apresentada na Galeria dos Pioneiros
Portugueses, um museu que se dedica à
perpetuação da memória e das histórias dos pioneiros da emigração lusa para o
Canadá.
A
sessão muito concorrida, que contou com a presença de vários representantes da
comunidade luso-canadiana e órgãos de comunicação social da diáspora, esteve a
cargo do comendador Manuel da Costa, um dos mais ativos e beneméritos
empresários portugueses em Toronto, que enalteceu o trabalho que o investigador da nova geração de historiadores nacionais tem realizado em prol
das Comunidades Portuguesas.
Segundo
Manuel da Costa, a iniciativa promovida pela Galeria dos
Pioneiros Portugueses, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal no Canadá,
visou enriquecer a história, cultura e cidadania da comunidade luso-canadiana, incentivando
nessa esteira Daniel Bastos, a conceber novos trabalhos junto da comunidade
portuguesa, porquanto uma comunidade sem memória é uma comunidade sem história.
Refira-se
que no decurso da tertúlia, ocorreram várias intervenções por parte de
representantes da comunidade luso-canadiana, como foi o caso de Armando Branco,
presidente da Liga dos Combatentes do Núcleo de Ontário, e de Artur Jesus,
representante da Associação Cultural 25 de Abril de Toronto, que explanaram a
missão destas relevantes coletividades e destacaram as conquistas de Abril no
desenvolvimento de Portugal.
Neste
novo livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, Daniel Bastos revela
uma parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa, mas que retratou
também a explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução
de 25 de Abril de 1974.
Através de imagens até aqui praticamente inéditas, o
historiador
cujo percurso tem sido alicerçado no seio da Lusofonia,
aborda factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a celebração do
Dia do Trabalhador na capital portuguesa.
Designadamente, a chegada do histórico
líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do
reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter
pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas
do 1.º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.
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